Se algum desavisado entrou no mundo dos criptoativos sem
saber que a volatilidade é uma de suas principais características, 2021
tratou de resolver isso.
Se fosse um carrinho de montanha russa, o
preço da moeda digital teria começado o passeio com uma alegre subida
de janeiro a abril. A corretora Coinbase foi listada na Bolsa de Nova
York, um marco para a indústria que levou o bitcoin à sua máxima até ali, US$ 64.854.
O
que veio a seguir não foi só um movimento de realização, mas um longo
inverno. As críticas ao consumo de energia para a geração de bitcoin
dominaram o cenário. Elon Musk, CEO da Tesla que foi um dos
protagonistas da escalada dos preços, ajudou também na forte queda ao
suspender o recebimento da criptomoeda como pagamento para os carros
elétricos que produz.
“Estamos preocupados com o uso crescente de
combustíveis fósseis para mineração e transações com bitcoins,
especialmente carvão, que tem as piores emissões que qualquer
combustível”, declarou Musk pelo Twitter. Pouco mais de dois meses
depois de atingir o maior valor histórico, o ativo bateu em US$ 28.805,
um recuo de mais de 55%.
Medidas regulatórias também passaram a
pressionar os preços na mesma época, estendendo o ‘longo inverno’ do
bitcoin. O segundo semestre foi de recuperação mais sustentada ao longo
do tempo, com uma correção em setembro antes da disparada que levou o
ativo ao seu máximo histórico de US$ 68.530 em 9 de novembro.