Milhares de pessoas sairam às ruas de Cartum, capital do Sudão, e outras cidades, na última quinta-feira (25), para pressionar os líderes militares, depois que eles fecharam um acordo para trazer de volta o primeiro-ministro civil, deposto no golpe de 25 de outubro.
Partidos políticos proeminentes e o movimento de protesto do país se opuseram à decisão do primeiro-ministro Abdalla Hamdok de assinar o acordo com os militares, com alguns chamando-o de traidor ou dizendo que ele fornece cobertura política para o golpe.
Embora o novo acordo de divisão de poder permita que presos políticos sejam libertados, muitos jovens, professores e outros continuam desaparecidos. A Associação de Profissionais do Sudão, que nomeou Hamdok como primeiro-ministro há dois anos, recusou-se a reconhecer o acordo, descrevendo-o como "uma traição e suicídio político".
A igreja sudanesa está de alguma forma presa no meio de tudo isso, incerta do que o futuro pode trazer. Os cristãos esperam que o novo governo implemente os acordos constitucionais alcançados antes do golpe de maneira plena e eficaz. Se o fizerem, isso pode significar mais liberdade para a igreja.
Com informações: Portas Abertas (30.11.21)