Além de deixarem zonzo o
presidente Jair Bolsonaro e seus devotos, as pesquisas de intenção de
voto do Ipec (ex-Ibope) e Datafolha serviram pelo menos para uma coisa:
aumentar a pressão pelo reajuste do mal recém-criado Auxílio Brasil a
ser pago a brasileiros pobres atingidos pela pandemia da Covid-19.
Bolsonaro
está praticamente convencido de que o Auxílio deve passar de 400 reais
mensais para 600. Tentará convencer disso o ministro Paulo Guedes, da
Economia. Originalmente, Guedes só queria um auxílio de 300 reais.
Engoliu a seco o de 400, mas perdeu vários auxiliares que pediram
demissão em protesto.O argumento a ser usado por Bolsonaro será o de
sempre: de que adianta tanto rigor fiscal se ele acabar derrotado por
Lula na eleição do ano que vem? Gaste-se mais se esse for o preço a ser
pago pela vitória. Depois, vê-se o que fazer. Os ouvidos de Guedes estão
acostumados com o lenga-lenga. No fim, ele cedeDe resto, o rigor fiscal
foi mandado às favas há muito tempo, assim como as reformas econômicas
que ele e Bolsonaro prometeram fazer. Foi puro estelionato eleitoral.