Tomaram posse hoje (31), os novos ministros do governo do presidente Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto.
Os decretos com as exonerações a pedido dos ministros foram publicados mais cedo no Diário Oficial da União (DOU). A saída abre aos que deixaram as funções a possibilidade de se candidatarem a cargos públicos nas próximas eleições.
Durante
a cerimônia em que foram assinados os atos de posse dos novos
ministros, Bolsonaro agradeceu aos que deixaram os cargos e desejou boa
sorte aos novos ocupantes da Esplanada.
“Até perguntei: vocês têm
certeza dessa decisão de assumir? Porque não é fácil, serão olhados com
lupa”, disse Bolsonaro que informou já ter se reunido com os novos
ministros há dois dias.
Quem é quem
No Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovações, o ministro Marcos César Pontes passou o
cargo para Paulo César Rezende Alvim. Ao prestar contas da sua atuação
frente à pasta, Pontes destacou como uma das realizações a produção
nacional de vacinas contra doenças como a covid-19, a febre-amarela,
dengue e chicungunya.
“A partir desse ano, o Brasil passa a ser
independente desde o conceito até a produção de vacinas nacionais, não
só para a covid, mas também para as próximas pandemias e para doenças
negligenciadas como febre-amarela, dengue e chikungunya”, disse.
Já Rogério Marinho deixou o Ministério do Desenvolvimento Regional, pasta que terá à frente Daniel de Oliveira Duarte Ferreira.
O Ministério do Turismo será comandado por Carlos Alberto Gomes de Brito, que substitui Gilson Machado.
O Ministério da Cidadania ficará a cargo de Ronaldo Vieira Bento, que assume o cargo no lugar de João Roma.
Damares
Alves deixa o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos,
que será comandado agora por Cristiane Rodrigues Britto.
No Ministério do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni foi substituído por José Carlos Oliveira.
Já
no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a ministra
Tereza Cristina dá lugar a Marcos Montes Cordeiro. Ao discursar, a
ex-ministra lembrou que a pandemia do novo coronavírus (covid-19) gerou
um desafio para o agronegócio brasileiro, que teve de se adaptar para
manter a produção.
“O agronegócio foi colocado à prova. Ele se
adaptou, criou protocolos para permitir a manutenção dos serviços, a
produção, a comercialização dos produtos e ciente da importância do
abastecimento. Esse governo protegeu essa atividade”, disse.
No
Ministério da Infraestrutura, sai Tarcísio Gomes de Freitas e entra em
seu lugar Marcelo Sampaio. Ao se despedir, Tarcísio disse que com as
ações da pasta, a matriz de transporte no país será mais equilibrada no
futuro, com menor custo do frete de mercadorias.
“A gente vai
ter, no futuro, uma matriz de transportes muito mais equilibrada, com a
participação muito maior da navegação de interior, da navegação de
cabotagem, do transporte ferroviário, que vai dobrar a participação,
teremos uma oferta de transporte muito maior”, discursou.
Quem
também se despediu do cargo foi a ministra da Secretaria de Governo,
Flávia Arruda, que dá lugar a Célio Faria Júnior. A ex-ministra volta a
ocupar sua vaga como deputada federal.
Ao se despedir da pasta,
Flávia Arruda agradeceu aos líderes partidários da base aliada, os
líderes do governo e os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), "sem os quais teria
sido impossível a aprovação de matérias importantes e polêmicas que
foram fundamentais para ajudar o Brasil a atravessar esses tempos de
turbulência”, disse.