A atual direção do Sindicato e Organização das
Cooperativas Brasileiras do Estado de Alagoas – OCB/AL entrou com um
agravo de instrumento contra a decisão que suspendeu a eleição na
entidade e nomeou um interventor, após as denúncias sobre o pleito.
No
documento, que é endereçado ao desembargador presidente do Tribunal de
Justiça de Alagoas, a defesa da presidência da OCB/AL diz que a decisão é
política, afirma que não há provas de irregularidades no cadastro de
novas cooperativas, que o juiz do caso foi “induzido a um erro” e que o
Código de Processo Civil foi “rasgado com muita má-fé”.
Citando o
próprio documento, na página 10 da ação, “Certamente o mm. Magistrado a
quo incompetente foi induzido em erro. Não há um único dispositivo
legal e uma única prova de qualquer irregularidade”. Não há como saber
se o magistrado foi acusado propositalmente ou não, pois todo o texto
contém vários erros de português, concordância e formatação.
Mas,
dois pontos chamam atenção na ação. O primeiro, é que a própria defesa
assume, na página 12, que existe uma irregularidade na participação na
eleição para a Assembleia Geral da OCB/AL, das cinco cooperativas
acusadas de terem sido registradas após o prazo legal. “Nesse ponto o
réu pode até concordar para que o pleito seja realizado o mais rápido
possível, lamentando a não participação democrática dessas referidas
cooperativas”.
O outro ponto, é que uma das necessidades para se
realizar rapidamente o pleito, é que a OCB/AL, segundo o texto da
defesa da entidade, comprou um imóvel e estaria “sofrendo prejuízos a
título de lucros cessantes”.
Porém, não é explicado que imóvel
seria este. A redação do Jornal de Alagoas tentou contato, mais de uma
vez, com a assessoria da OCB/AL, por telefone e e-mail e não obteve
retorno. Na ação, não é explicado o que foi comprado, quanto custou,
porquê a organização precisou adquirir um novo local e o que seria ou
está sendo feito nele.