Após o delegado da Polícia Civil de Alagoas criticar, em
texto enviado à imprensa, um Projeto de Lei (PL) de autoria do deputado
Ronaldo Medeiros (PT) e afirmar que o via como “censura”, o parlamentar
alagoano rebateu, em entrevista ao Jornal de Alagoas, e afirmou que existem pessoas que querem usar a profissão de policial para se promover pessoalmente. “São vampiros”, disse.
O
texto do Projeto de Lei pede a proibição da divulgação de imagens de
investigações e operações policiais nos perfis pessoais nas redes
sociais de agentes da segurança pública de Alagoas. Ronaldo Medeiros já o
protocolou para que seja discutido pelos parlamentares da Assembleia
Legislativa de Alagoas.
Na matéria enviada nesta quinta-feira
(14) a imprensa, Leonam Pinheiro diz que o deputado “sentiu” e
questionou "O que os políticos querem esconder com essa proibição?". Sem
citar nomes, Ronaldo Medeiros replicou e afirmou que o projeto visa
coibir a violência desnecessária, porque, segundo ele, o que dá ibope
para esses dois policiais é o sangue e corpo alheio. O deputado
referia-se provavelmente a Leonam Pinheiro e ao delegado Fábio Costa,
vereador por Maceió. Os dois são pré-candidatos a deputado estadual.
“São
policiais vampiros, coveiros, que se alimentam de sangue e do corpo
humano”, declarou e disse que as ações de divulgação são antiéticas e
antiprofissionais.
Ele que vai apresentar um projeto na
Assembleia para que os policiais alagoanos tenham câmeras de vídeo
filmando todas as abordagens e operações, a exemplo de São Paulo e
outros estados do país que, segundo ele, tiveram diminuição nos índices
de criminalidade e mortes após a implantação dos sistemas de
monitoramento.
“Já que o ar que o argumento usado é que são
servidores públicos e tem que divulgar para garantir que não estão
fazendo nada de errado, vou apresentar esse projeto. O que eles querem é
utilizar a profissão para se promover pessoalmente. Então essas
imagens, se forem utilizadas, tem que ser usadas pela instituição. A
instituição Polícia Civil e Polícia Militar tudo bem, que vejam a forma
de usar, mas esses policiais se alimentam de sangue, querem apenas
likes. Não é um projeto que visa cercear a profissão de ninguém, pelo
contrário, disciplina.”