O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC),
mensurado em pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio AL em parceria
com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC), sinaliza que o desempenho manteve o ritmo de crescimento iniciado
em maio, quando registrou 114,4 pontos, e fechou o mês de julho com
128,9 pontos; o melhor desempenho de 2022 e, também, dos últimos oito
meses na capital alagoana.
Na variação mensal, o índice aumentou
cerca de 6%, saindo de 121,6 para 128,9 pontos. E na comparação de
cenários, o movimento de recuperação do otimismo do empresariado também
pode ser visto no país, pois de acordo com a pesquisa nacional da CNC, o
índice de confiança avançou pelo quarto mês consecutivo, alcançando a
marca de 123,1 pontos, representando um aumento de 1,5% ante o mês de
junho.
Variação positiva registrada, ainda, nas subcategorias que
compõem o indicador. Entre junho e julho, o subíndice que mais cresceu
foi a de Intenções de Investimento, o qual 10,3%. Esse desempenho foi
puxado pelo Indicador de Contratação de Funcionários, com variação
positiva de 16,6%.
Para o assessor econômico da Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio
AL), Victor Hortencio, esses números podem representar um segundo
semestre mais otimista para quem está procurando emprego. É que, segundo
a pesquisa, 72,5% das empresas varejistas pretendem aumentar o número
de funcionários nos próximos meses. “Esse dado confirma o saldo positivo
de 905 postos de trabalho gerados só na capital alagoana, em junho,
segundo números do CAGED”, diz.
Ainda de acordo com o economista,
o segundo semestre traz outras perspectivas positivas, pois as maiores
datas comemorativas do ano, a exemplo da Black Friday e do Natal, que
geram uma expectativa importante para os empresários, não apenas em
termos de faturamento, como também no planejamento de contratações,
renovação de estoques e reformas nos estabelecimentos.
O
subíndice Condições Atuais do Empresário do Comércio, considerado
importante para o crescimento econômico, cresceu 4,7%. Um fator que pode
ter impactado positivamente esse indicador foi o aumento de 50% do
Auxílio Brasil, o que reforçando a renda de milhares de famílias
brasileiras. “Todavia, é importante lembrar que, mesmo diante destas
informações otimistas, teremos eleições no segundo semestre, o que pode
gerar uma incerteza. Além disso, ainda vivemos uma conjuntura apertada
de inflação alta e taxas de juros acima dos 10%”, avalia.