Em avaliação realizada por um integrante da chamada frente ampla, futuras lideranças do Progressistas, um dos partidos que mais deu mais sustentação ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverão, em Alagoas, fazer indicações a cargos federais.
E isso pode se dar por causa da aliança de legendas que se formou em torno do nome do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no turno final das eleições do ano passado.
Um dos beneficiados
pelos acordos de Lira e Lula, deve ser o deputado federal eleito Daniel
Barbosa (PP) – eleito com 63,3 mil votos, filho do prefeito de
Arapiraca, Luciano Barbosa (MDB).
Em entrevista ao portal Acta, a
liderança, que não quis ser identificada, afirmou que "essa aproximação
do PP com o [presidente] Lula deve resultar em aliança – formal,
oficializada”.
“E assim, até o PP vai indicar nomes para os
cargos federais em Alagoas – alguma dúvida? Até o filho do Luciano
[Barbosa] vai indicar; o Arthur Lira vai indicar”, acrescentou,
contestando projeção de que apenas legendas da aliança (entre os quais
PT e MDB) farão as indicações.
Os órgãos em Alagoas federais são
os seguintes: Aeronáutica, AGU, ANVISA, Banco do Brasil, BNDES, CBTU,
Codevasf, CONAB, Correios, Departamento Central de Aposentados, DNIT,
DNOSC, DSEI, EBSERH, Exército, Funai, Funasa, Ibama, Ifal, Iphan, Incra,
INSS, Marinha, Ministério da Agricultura, Ministério da Economia,
Ministério da Saúde, Ministério das Minas e Energia, Ministério do
Trabalho, PF, PRF, Receita Federal, SESAI e UFAL.
Para alguns deles, porém, a indicação não é feita sequer por caciques
políticos alagoanos. É o caso, por exemplo, do comando de unidades
militares. Igual procedimento deve se dar em relação a órgãos como AGU e
Banco do Brasil, cujos dirigentes locais são designados pela direção
nacional das instituições.
Já dos Correios, a escolha é de
servidor de carreira, e de instituições como IFAL e UFAL, a escolha dos
respectivos reitores se dá por eleição na comunidade acadêmica.
De
acordo com liderança política de legenda que compõe a base de
sustentação que elegeu o governo federal, ouvida pela reportagem, os
critérios próprios de alguns desses órgãos, na prática, deverão reduzir o
número de nomeações por padrinhos políticos para algo em torno de vinte
cargos de direção de órgãos federais em Alagoas.
Mas, a aproximação de Lira com o presidente eleito deve abrir espaço para o PP fazer a indicações – avalia uma das lideranças.
*Com informações do Acta