A Petrobras anunciou que subirá os preços de venda da
gasolina a distribuidoras em 7,5%, a partir de quarta-feira (25). Este é
o primeiro aumento do preço da gasolina no governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT).
O indicado por Lula para a presidência
da Petrobras, Jean Paul Prates, porém, ainda não assumiu o cargo. A
política de preços alinhada ao mercado exterior é alvo de críticas do
atual governo à empresa.
Segundo comunicado divulgado pela
petroleira nesta terça-feira (24), o preço médio da gasolina às
distribuidoras passará para R$ 3,31 por litro, o que corresponde a um
aumento de R$ 0,23 por litro.
“Esse aumento acompanha a evolução
dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da
Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem
o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das
cotações e da taxa de câmbio”, disse a Petrobras.
O último
reajuste dos preços da gasolina havia sido realizado em dezembro, com
redução de 6,1%. No patamar anterior, os preços da gasolina brasileira
vinham sendo negociados abaixo dos preços do mercado internacional.
Os
valores da gasolina cobrados nas bombas dos postos dependem não só dos
custos nas refinarias, mas de impostos e margens de lucro de
distribuidores e revendedores.
Regra de preços versus política
Para
definir o valor do combustível, a Petrobras utiliza um cálculo
instituído desde 2016, na presidência de Michel Temer, chamado de Preço
de Paridade de Importação (PPI). Ele leva em conta elementos como a
cotação do dólar, o valor do diesel e da gasolina no exterior e o custo
de transporte dos combustíveis.
Essa regra, contudo, foi
constantemente questionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu
mandato. Entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2021, a estatal foi
presidida pelo economista Roberto Castello Branco. Ele foi substituído
pelo general Joaquim Silva e Luna, que permaneceu no cargo até março de
2022. Ambos saíram do comando da empresa por causa de anúncios seguidos
de reajustes nos valores dos combustíveis.