Casal cristão copta tem custódia negada em caso de adoção no Egito Os advogados da família planejam agora apelar ao Supremo Tribunal Administrativo Redação CPAD NewsDe Redação CPAD News30 de março de 2023Atualizado:30 de março de 20232 minutos lidos


Foto: Ilustrativa/ Pxabay.com

Um casal cristão copta teve a custódia de seu filho adotivo negada no último dia 18 de março. A criança já estava sendo criada pela família por cinco anos, e era chamado de Shenouda, um nome copta popular que significa “o filho de Deus”.

No entanto, o Tribunal Administrativo do Conselho de Estado do Egito recusou-se a julgar a ação movida pelo casal, alegando que não tinha jurisdição sobre o assunto. Com essa decisão, o menino teria que permanecer no orfanato onde se encontra há mais de um ano, atrasando ainda mais o seu reencontro com os pais.

As autoridades egípcias confiscaram a criança de seus pais adotivos no ano passado. Shenouda foi abandonado recém-nascido em 2018 e não tinha nenhum tutor biológico capaz de cuidar dele. Ao ser descoberto por um padre copta, foi confiado a uma família de sua congregação, que criou fielmente o bebê na fé cristã.

Após quatro anos cuidando do menino, as autoridades egípcias foram notificadas sobre o caso depois que um parente do casal levantou preocupações sobre a herança familiar. Segundo a International Christian Concern (ICC), o familiar não era a favor do bebê Shenouda compartilhar da herança da família.

O casal então foi obrigado a realizar um teste de DNA, que confirmou que eles não eram os pais biológicos da criança. O bebê foi confiscado pelas autoridades, levado para um orfanato, rebatizado com o nome de Youssef e designado para a fé islâmica.

De acordo com o Departamento de Estado Civil do Ministério do Interior, designar crianças com pais desconhecidos para a fé islâmica é uma ação considerada padrão.

A ICC destaca que a lei egípcia proíbe estritamente a adoção sob o pretexto da lei islâmica ou da Sharia. A minoria cristã no Egito sofre imposição dessas leis, pois as leis de status pessoal não podem contrariar as leis da Sharia. No entanto, a religião cristã permite a adoção e o Ministério da Solidariedade Social do Egito garantiu, em 2021, o direito de acolher uma criança, independentemente da religião.

Após a recente negativa de custódia, os advogados da família planejam agora apelar ao Supremo Tribunal Administrativo.

Com informações International Christian Concern (ICC)

 

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem