A Justiça Federal libertou Carolina Helena Pennacchiotti, de 35 anos, apontada em investigações da Polícia Federal (PF) como responsável por aliciar funcionários do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, região metropolitana, para fazer troca de malas e etiquetas e enviar drogas ao exterior.
A soltura foi confirmada
pelo portal Metrópoles nesta sexta-feira (21). A Promotoria de São Paulo
foi procurada, mas não confirmou se já havia entrado com recurso contra
a decisão judicial.
Carolina e mais sete suspeitos foram presos
apontados como integrantes da quadrilha responsável pelo esquema de
troca de etiquetas de bagagens, financiado pelo Primeiro Comando da
Capital (PCC), que resultou na prisão, em 5 de março, do casal de
goianas Jeanne Paollini e Kátyna Baía.
Assim como os demais
detidos, Carolina foi indiciada por tráfico internacional de drogas e
por associação ao tráfico, no último dia 4 de abril, por agir em
benefício do crime organizado na área restrita do maior aeroporto do
Brasil.
Além de Carolina, também foram presos pela PF Anderson
Augusto Nascimento, 24 anos, Eduardo Barbosa dos Santos, 30, Gustavo
Evaristo de Souza, 22, Pablo Thomas de Oliveira Franca, 23, Pedro
Henrique Silva Venâncio, 21, Gabriel do Nascimento Silva Sousa, 25, e
Tamiris Macedo da Silva Zacharias, 31.
Até o momento, somente a
defesa de Eduardo se manifestou à reportagem. Por meio da advogada
Laurita de Freitas Lima, o auxiliar de esteira afirmou repudiar
“veementemente” matérias “altamente sensacionalistas” que foram, segundo
ele, “veiculadas em seu desfavor.”
Ele comparou sua prisão à
detenção das brasileiras encarceradas injustamente na Alemanha, após as
bagagens delas terem sido trocadas por malas recheadas com cocaína. A
troca aconteceu antes de as duas embarcarem para a Europa.
Por bagagem trocada, o PCC paga R$ 30 mil, como foi mostrado pelo Metrópoles.
As goianas foram soltas da prisão na Alemanha no último dia 11 e já retornaram ao Brasil.