Em tempos de governo Lula, a Petrobras acabou com a
paridade internacional do petróleo e baixou os preços do gás de cozinha e
dos combustíveis. O governo federal também está reduzindo os impostos
para baratear os carros novos.
Na contramão do governo federal, a
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), acaba de dar de
“presentinho” para os alagoanos um lugar mais alto no pódio das maiores
tarifas de energia do Brasil.
Até este sábado (27) a tarifa comum
residencial cobrada em Alagoas de R$ 0,75409 kwh é a sétima maior do
Brasil. A partir do próximo domingo (28), a conta de energia terá
aumento médio de 17,59%, com reajuste de 14,57% para os consumidores
residenciais.
A Aneel, que deu o reajuste atendendo pedido da
Equatorial Alagoas, não se deu ao trabalho sequer de informar o valor da
nova tarifa. O blog fez os cálculos. Considerando o reajuste, a tarifa
vai passar para R$ 0,85983.
Para entender melhor, calculamos o
efeito em uma conta residencial com 189 kw em Maceió. O valor pago em
abril deste ano foi de R$ 187,73 pelo consumo da energia já com
impostos, mais R$ 28,22 que é cobrado em separado e vai para a
prefeitura. O valor total da conta chegou a R$ 215,95. A aplicação do
reajuste nesta mesma tarifa deve provocar um impacto de R$ 27, calculado
a partir da elevação linear de 14,5% somente sobre o consumo. Neste
caso o consumo seria de R$ 214 mais os mesmos R$ 28 da taxa de
iluminação pública, totalizando R$ 242.
No bolso de 1,3 milhão de alagoanos
A
Equatorial Alagoas tem 1,3 milhão de unidades consumidoras, com
faturamento de R$ 2,43 bilhões. Em 2022, o reajuste teve efeito médio de
19,8%. A Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu em reunião no 2
de maio prorrogar por 15 dias as tarifas da Equatorial Alagoas. O
reajuste deveria ser aplicado a partir de 3 de maio.
Durante a
apresentação, o representante do conselho de consumidores da
concessionária, Carlindo Lins, lembrou que apesar dos índices de
qualidade estarem dentro do limite regulatório, a tarifa atualmente era a
sétima mais cara do país e poderia ser a quarta com o reajuste. Outro
ponto sinalizado é que o PIB per capita do estado é o 26º do país e que
41% dos consumidores residenciais é de baixa renda.
Ou seja, para
a Aneel, o mais pobres devem pagar mais caro para garantir os lucros
dos acionistas das distribuidoras de energia desestatizadas. Justo o
contrário do que começa a ocorrer na Petrobras. Mas essa é outra
história.

Em nota, a Equatorial Alagoas neste ano de 2023, o reajuste anual conduz um efeito médio nas tarifas a ser percebido pelos consumidores de 17,59%, sendo de 24,19%, em média, para os consumidores conectados na Alta Tensão (grandes clientes da indústria e comércio) e de 15,05%, em média, para os consumidores conectados na Baixa Tensão. Para os clientes residenciais, o reajuste será de 14,57%.
Confira a nota na íntegra:
A
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou nesta
terça-feira (23/05) o Reajuste Tarifário Anual para a Equatorial
Alagoas. A distribuidora atende mais de 1,3 milhão de unidades
consumidoras e as novas tarifas passarão a vigorar a partir do dia 28 de
maio e fazem parte de um processo conduzido e aprovado pela Aneel, que é
responsável por definir e manter atualizado o valor das tarifas das
concessionárias de energia elétrica em todos os estados da
federação. Neste ano de 2023, o reajuste anual conduz um efeito médio
nas tarifas a ser percebido pelos consumidores de 17,59%, sendo de
24,19%, em média, para os consumidores conectados na Alta Tensão
(grandes clientes da indústria e comércio) e de 15,05%, em média, para
os consumidores conectados na Baixa Tensão. Para os clientes
residenciais, o reajuste será de 14,57%.

O
impacto para o reajuste vem de uma combinação de fatores, que refletem
nos custos com a geração, a transmissão e a distribuição da energia
elétrica. Com destaque para o empréstimo realizado em 2022, por todas as
Distribuidoras do Brasil, para cobrir os efeitos causados pela crise da
escassez hídrica ocorrida no ano de 2021. Vale ressaltar ainda que, do
percentual reajustado de 17,59%, 1,22% fica com a distribuidora
Equatorial Alagoas para operar e manter todo o sistema elétrico
do estado e fazer os devidos investimentos necessários para melhoria da
rede elétrica. Os encargos setoriais levam 4,16%, o transporte 1,44%,
3,62% vão para a compra de energia, -0,11% para receitas irrecuperáveis e
7,24% referentes a componentes financeiros.
Clientes baixa renda têm desconto
Para
os clientes enquadrados como baixa renda, a Equatorial Alagoas
continua aplicando o desconto na Tarifa de Energia Elétrica, que pode
chegar até 65%, desde que as famílias estejam com Número de
Identificação Social (NIS) atualizados e em vigor. A empresa tem
realizado um trabalho frequente, em todo o estado, de cadastro de
famílias assistidas pela Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE). Em
Alagoas, já são mais de 500 mil famílias beneficiadas pelo desconto. São
esforços em todas as frentes, desde mutirões para inscrições nos
municípios, até parcerias com os Centros de Referência de Assistência
Social (CRAS) para busca ativa das famílias aptas a receber o
benefício.
Assessoria de Imprensa da Equatorial Alagoas