BNDES garante R$ 50 bi em créditos para o agro em 2023 Apenas neste semestre, investimentos destinados ao setor anunciados pelo banco superam em 50% os realizados pela instituição em todo ano de 2022 Por Governo Federal 05/07/2023 17h05
byJornal digital.-
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Contratações de novas operações de crédito. Criação de
nova linha indexada ao dólar com taxa de juro fixa e de longo prazo.
Recursos recordes para o Plano Safra e para a agricultura familiar, além
de investimentos para que 250 mil famílias do semiárido nordestino
avancem em práticas agrícolas e de segurança hídrica.
"O Brasil é
o quinto maior emissor de gases de efeito estufa no planeta. Metade é
desmatamento e queimada. E 24% vêm do campo. Nós podemos produzir cada
vez mais sem desmatar, sem destruir, preservar e mostrar ao mundo que,
além de uma agricultura eficiente, moderna, que alimenta o planeta,
contribuímos para combater o efeito estufa. Queremos uma agricultura de
precisão, sustentável, e é nisso que o BNDES está investindo”Aloizio
Mercadante, presidente do BNDES
Entre as várias ações do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nesses primeiros
seis meses, já são R$ 50 bilhões oferecidos ao agronegócio e à
agricultura familiar em 2023, recursos para impulsionar o setor e apoiar
a adoção de práticas cada vez mais sustentáveis na cadeia de produção. O
investimento anunciado pelo banco neste ano já supera em mais de 50% os
recursos destinados pela instituição ao agronegócio em 2022.
“O
Brasil é o quinto maior emissor de gases de efeito estufa no planeta.
Metade é desmatamento e queimada. E 24% vêm do campo. Nós podemos
produzir cada vez mais sem desmatar, sem destruir, preservar e mostrar
ao mundo que, além de uma agricultura eficiente, moderna, que alimenta o
planeta, contribuímos para combater o efeito estufa. Queremos uma
agricultura de precisão, sustentável, e é nisso que o BNDES está
investindo”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
R$
11,5 BI – O primeiro passo foi reativar linhas de financiamentos para o
agronegócio que estavam fechadas quando a nova diretoria tomou posse no
BNDES, em fevereiro. Logo no primeiro mês da nova gestão foram
ofertados R$ 2,9 bilhões para o setor com a reabertura de protocolos e
contratações de novas operações de crédito.
Na sequência, o
BNDES anunciou R$ 4 bilhões em uma nova linha indexada ao dólar com taxa
de juro fixas de até 8,06% e prazo total de até 120 meses, com até 24
meses de carência. Destinado ao setor do agro que tem recebíveis em
dólar, a iniciativa mira a construção e ampliação de armazéns, obras de
irrigação, formação e recuperação de pastagens, geração e distribuição
de energia de fontes renováveis e regularização ambiental da
propriedade. Além disso, o banco anunciou, no início de junho, durante a
abertura da Bahia Farm, novos recursos para o agro num total de R$ 3,6
bilhões.
AGRICULTURA FAMILIAR – Levando-se em conta todas as
linhas dentro do Plano Safra/Safrinha 2023/2024, incluindo os recursos
destinados à agricultura familiar, à agricultura empresarial e os
recursos livres, o BNDES reservou R$ 38,4 bilhões em créditos, um valor
55% superior ao do ano passado. A agricultura familiar ganhou destaque e
atenção. O volume oferecido foi ampliado em 103%, saindo de R$ 5,7
bilhões em 2022/2023 para R$ 11,6 bilhões em 2023/2024. O banco também
reservou R$ 14,8 bilhões para a agricultura empresarial, um crescimento
de 33%.
Além disso, o BNDES aprovou junto ao Fundo Internacional
de Desenvolvimento Agrícola da ONU (FIDA) o apoio não reembolsável em
valor que pode chegar a R$ 1 bilhão para que 250 mil famílias de
agricultores familiares do semiárido nordestino recebam investimentos em
práticas agrícolas e segurança hídrica.
PLANO SAFRA – No final
de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Plano Safra
2023/2024, cujos valores alcançaram o maior patamar da história. Serão
disponibilizados R$ 364,2 bilhões em crédito para financiamentos, valor
que representa um aumento de 27% em comparação aos do ano passado. Com
isso, o Governo Federal incentiva a adoção de práticas agrícolas
sustentáveis, juros competitivos e impulsiona o potencial brasileiro
para manter o agronegócio como um dos principais vetores da economia
nacional.
O projeto, conhecido como “Semeando Resiliência
Climática em Comunidades Rurais do Nordeste”, tem como objetivo aumentar
a segurança alimentar e promover a mitigação e adaptação aos efeitos
das mudanças climáticas na região.
Segundo projeções, os
recursos devem impactar diretamente um milhão de pessoas em uma área de
aproximadamente 84 mil hectares, restaurando ecossistemas degradados com
potencial para a prestação de serviços ambientais.
Serão
implementadas 21 mil cisternas e 16 mil unidades de tratamento e reuso
de águas residuais domésticas, bem como desenvolvidas sete rotas
nacionais e internacionais (América Latina e África) de intercâmbio
entre agricultores de biomas semelhantes. Estima-se reduzir as emissões
de carbono em aproximadamente 11 milhões de toneladas de CO2.Apenas neste semestre,
investimentos destinados ao setor anunciados pelo banco superam em 50%
os realizados pela instituição em todo ano de 2022 - Foto: Divulgação