Inovações comunitárias, como as moedas sociais, expressam, desde a idealização, até a sua circulação, o potencial daqueles que compartilham do pertencimento a um mesmo lugar. Os moradores do Bairro Vergel do Lago, em Maceió, tem em Sururote, uma moeda social que estimula a economia e o empreendedorismo local.
Para Carlos Jorge, um dos idealizadores do Sururote, o empoderamento das famílias é um reflexo do impacto social da moeda:
"Fica
um círculo virtuoso, que a própria comunidade se empodera. E também, o
bom do diferencial dos bancos sociais, é que ele também instrui a
comunidade a ter educação financeira, a olhar o uso desse recurso. Essa
gestão do recurso faz a diferença e a comunidade consegue essa atração,
de melhorar o estilo de vida, melhorar muitas vezes a gestão de da
família."
No Bairro Vergel do lago, o extrativismo de sururu é uma das principais fontes de renda população, mas nem sempre correspondia a toda necessidade financeira das famílias, além de aumentar poluição ambiental pelo descarte dos resíduos. Através do banco, cada marisqueira pode obter até R$300 sururotes por mês na troca das cascas.
As marisqueiras e moradores podem utilizar as moedas nos estabelecimentos credenciados no Bairro. O banco também oferece linhas de crédito acessíveis, auxílio financeiro e suporte para empreendedores, com capacitações, mentorias e acompanhamento psicosocial e pedagógico.