A tragédia se repete a cada cheia. Desabrigados, perdas de vida e muito, muito, muito, recurso público que sai pelo ralo.
Somente
na enchente de 2010, o governo federal destinou mais de R$ 1 bilhão
atender as vítimas da cheia nas regiões cortadas por rios, a exemplo do
Mundaú, Canhoto e Paraíba. O problema é comum a Alagoas e Pernambuco.
Desde então, foram registradas outros desastres que atingiram cidades como União dos Palmares, Atalaia, Viçosa e Murici.
Para
tentar dar um ponto final no ciclo de tragédias, que afeta diretamente
milhares de pessoas nessas cidades e a economia de todo o Estado, o
senador Renan Calheiros (MDB-AL) passou a apostar num projeto que pode
ao mesmo tempo poupar recursos e salvar vidas.
O senador tirou da
“gaveta”, literalmente, um programa do governo de Alagoas que prevê a
construção de 8 barragens nas bacias dos rios Mundaú, Paraíba e Canhoto.
São barragens de mitigação de cheias, mas que poderão ter outros usos.
Elas
seriam construídas nas bacias mais castigadas pelas cheias que,
periodicamente, atingem as cidades de Quebrangulo, Paulo Jacinto,
Viçosa, Capela, Atalaia, Cajueiro, Santana do Mundaú, São José da Lage,
União dos Palmares, Murici e Rio Largo.
Além das barragens para
contenção das cheias, estão previstos nestes municípios diques de
proteção, parques fluviais e contenção de margens.
Na semana
passada (veja abaixo), o senador conseguiu do governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva o compromisso de incluir as barragens no PAC 3,
que será lançado no próximo dia 28.
Responsável pela viabilização
de grandes obras hídricas em Alagoas, a exemplo do Canal do Sertão e de
várias adutoras, Renan Calheiros está convencido de que as barragens
poderão não só evitar dramas humanos, mas também poupar os gastos
desnecessário de recursos públicos no futuro.
O investimento que
deve ser incluído no PAC 3, de R$ 500 milhões para a construção das
primeiras barragens, é metade do valor nominal que foi destinado pelo
governo Lula em 2010 para Alagoas lidar com o drama da enchente, de R$ 1
bilhão. Se considerada a inflação, o valor hoje seria de mais de R$ 2
bilhões. Somados os gastos desde então, com reconstrução de estradas,
pontes ou atendimentos às vítimas de outras cheias, foram mais e R$ 3
bilhões. E o pior, o problema continua.
“As barragens surgem como
alternativa para resolver de vez o problema. Depois de prontas, elas
evitarão novas enchentes, poupando recursos e dando mais segurança as
pessoas que vivem nessas regiões”, aponta o senador.
Na prática
Depois
da iniciativa do senador, o secretário de Infraestrutura de Alagoas ,
Rui Palmeira, á teve algumas reuniões para atualizar os projetos de
construção das barragens que serão apresentados nos próximos dias ao
governo federal. Nessa quarta-feira (19/7) ele tratou dos projetos com o
engenheiro Wellington Lou, que fez os projetos, e com outros técnicos
da Seinfra.
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RENAN DEFENDE MP PARA VIABILIZAR BARRAGENS DE CONTENÇÃO EM AL