Uma comissão formada por entidades ligadas aos
canavieiros visitou, semana passada, a primeira estação experimental
para abastecimento de hidrogênio a etanol no mundo, em desenvolvimento
na Escola de Engenharia Mecânica da Politécnica, vinculada à USP. A
visita aconteceu em parceria com a Federação Paulista de Agricultura.
Representante
da Cooperativa Pindorama, o presidente Klécio Santos conheceu o veículo
Mirai, cedido pela Toyota para testar a performance da troca de motores
a combustão interna para começar a usar hidrogênio produzido a partir
do etanol.
Apreciador da iniciativa e grande incentivador do uso
do etanol como adaptação para as novas necessidades sustentáveis, Klécio
Santos se disse entusiasmado com a tecnologia que está sendo
implementada.
"Em breve serão abastecidos até mesmo veículos de
grande porte. No caso do carro Toyota de 180 cavalos, aqui representado,
a previsão é de rodar 17 Km com apenas um litro de etanol. Já estamos
ansiosos pelo uso dessa tecnologia em outros postos pelo Brasil. O que
se projeta é que, num futuro próximo, a implantação dessa tecnologia
terá custo similar, para os postos, ao equipamento usado no
abastecimento de carros à GNV”, vibrou o presidente da Cooperativa
Pindorama, a maior produtora de etanol de cana-de-açúcar de Alagoas e a
primeira usina de etanol de milho do Norte-Nordeste do Brasil.

De
acordo com a USP, no conjunto de equipamentos a serem instalados na
estação terá um reformador a vapor, capaz de converter o etanol em
hidrogênio por meio de um processo químico denominado “reforma a vapor”,
quando o etanol, submetido a temperaturas e pressões específicas, reage
com água dentro de um reator.
Tirson Meirelles, vice-presidente
da Faesp, acompanhou a comitiva de canavieiros em visita à USP, na
ocasião composta por Nelson Peres, presidente da Comissão de Cana da
CNA, Alexandre Andrade Lima, vice-presidente da Feplana; o CEO da
Orplana, Guilherme Nogueira, além do presidente da Canasol, Luís
Henrique Scabello, que é tesoureiro da Feplana.