Em meio à iminência de se instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Braskem e com a maior parte do corpo titular e das suplências já indicadas, o grupo de oposição, tendo como porta-voz o presidente do Senado em exercício, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), se manifestou contrário à participação de Renan Calheiros (MDB) como presidente da comissão.
Nos próximos dias a comissão poderá eleger o presidente e o relator, portanto, Renan Calheiros por ser o propositor da CPI poderá ficar com um dos cargos. Uma das questões trazidas à tona por Cunha é que à época do afundamento do solo em parte da capital Alagoana, ocasionada pela mineração, o filho de Renana Calheiros, Renan Filho (MDB), estava à frente do executivo estadual e teria renovado constantemente as licenças ambientais para que a empresa desse continuidade à mineração de sal-gema na região.
A aparente cortina de fumaça foi prontamente dispersada por Renan Filho, o atual ministro dos transportes do governo federal tratou de esclarecer a questão em suas redes, onde publicou um vídeo desmentindo a acusação de Cunha.
“Quem não trabalha é obrigado a recorrer à mentira.”, assim introduziu sua fala se referindo as acusações de Rodrigo Cunha e a relação com sua parca atuação no Senado Federal. No vídeo, Renan Filho mostra seu pronunciamento em janeiro de 2019, ano seguinte à tragédia do afundamento do bairro do Pinheiro, informando à população alagoana de que sua gestão, por meio do Instituto do Meio Ambiente e com o aval do Ministério Público de Alagoas, havia cassado as licenças ambientais da Braskem para a extração de sal-gema.
O vídeo mostra também os documentos emitidos à época que davam conta da suspensão das licenças para a mineração da Braskem na região do Pinheiro. A empresa vinha atuando em Maceió desde 1976 e, após diversas gestões que passaram pelo executivo em Alagoas, Renan Filho foi o primeiro governador em mais de 40 anos a suspender as atividades de mineração no estado, essa proibição segue até hoje.
