Hospital da Cidade - Foto: Assessoria
A Prefeitura de Maceió segue fazendo mistério sobre o destino do
dinheiro que recebeu do acordo com a Braskem. Até agora, dos R$ 1,7
bilhão acertados entre a companhia e a gestão do Prefeito JHC, o
município já recebeu R$ 700 milhões.
O dinheiro pago pela Braskem
vem sendo gasto de forma discricionária, de acordo com a vontade do
prefeito JHC, podendo inclusive ser destinado para realização de festas e
propaganda.
O que se sabe, de acordo com declaração do próprio
JHC, é que R$ 266 milhões do dinheiro da Braskem foram usados para
comprar o Hospital do Coração, um equipamento de 75 leitos. O negócio
foi polêmico e envolve até hoje denúncias de que a prefeitura comprou um
hospital inacabado com suspeita de superfaturamento.
Após quatro
meses da transação, realizada em setembro de 2023, ainda não há uma
definição do funcionamento do Hospital, de acordo com informações
confirmadas pela prefeitura de Maceió.
Até o momento, não foram
indicados sequer nomes para a direção do hospital. A prefeitura também
não definiu qual a estrutura de funcionamento do agora chamado de HC.
Até
o momento, o hospital segue sob gestão da equipe do Hospital do
Coração, embora JHC tenha prometido pleno funcionamento do HC no
primeiro trimestre deste ano. A transição administrativa enfrenta
desafios, sem informações sobre novas contratações ou transferências de
colaboradores.
O grupo de transição responsável por coordenar
mudanças e obras inacabadas no antigo Hospital do Coração carece de
clareza em sua gestão, sem indícios de processos de contratação ou
realocação de profissionais. A falta de comunicação das assessorias
dificulta a compreensão sobre a continuidade de atendimentos
particulares e quem lidera a gestão do HC no município.
O
Hospital da Cidade, até o momento, atende exclusivamente pacientes do
SUS, e a incerteza persiste sobre a gestão municipal do centro
hospitalar. O grupo de transferência, criado para supervisionar a
transição e a parceria público-privada, ainda carece de clareza sobre
seu papel e responsabilidades.
A falta de respostas das
assessorias e do representante da Prefeitura, Cleydson Moura, gera
incertezas sobre a evolução do processo. O espaço permanece aberto para
atualizações à medida que mais informações se tornem disponíveis.