O Pix automático veio com o objetivo de tornar mais
prático o pagamento das contas. O Banco Central (BC) anunciou que a
novidade vai começar a operar oficialmente no dia 28 de outubro de 2024.
A partir de então, será possível agendar previamente pagamentos para
empresas. Entenda o que é e como vai funcionar.
Nova modalidade do Pix
Pix automático será lançado em 28 de outubro de 2024 para transações de pessoas físicas para jurídicas. Pode ser usado para pagar contas de água de luz, escolas e faculdades, academias, condomínios e parcelamento de empréstimos, por exemplo.
Alcançar mais pessoas com praticidade é a
aposta do BC. Mesmo que já exista a função de agendar pagamentos
recorrentes pelo débito automático, a avaliação é de que a adesão será
maior com o Pix. Isso porque a empresa precisa ter convênio com cada
instituição financeira para oferecer o débito automático, ou seja, parte
dos clientes costuma ficar sem essa opção.
Agora, a empresa só
precisa fazer um único acordo com um banco que esteja ofertando a
modalidade. E poderá oferecer o Pix automático para todas as pessoas que
usam o Pix, independente do banco em que têm conta.
"Vem com uma
proposta de facilitar os pagamentos recorrentes, para agregar aos
serviços do Pix e democratizar ainda mais, trazendo empresas de diversos
tamanhos e segmentos", afirma Wellington Silva, gerente de produtos
C&M Software.
Continua sendo de graça?
Qualquer
transação instantânea feita pelo Pix é gratuita para pessoas físicas. O
pagamento automático segue sem cobrança de tarifa, mas, para as
empresas que vão ofertar o serviço, vai depender do acordo entre o banco
e a instituição financeira.
Bancos escolhem se querem ou não
ofertar o produto para as empresas. Assim como a empresa também não é
obrigada a ter o Pix automático. Já para as pessoas físicas, é
obrigatório a disponibilidade para os clientes, conforme as diretrizes
do Banco Central.
Diminui as chances de golpes, já que trava o
valor de recorrência e cobrança na conta. É um dos motivos pelos quais
vale a pena usar o recurso. Não vai existir o boleto e, sim, um cadastro
direto com a empresa responsável, mitigando as cobranças falsas, diz
Wellington Silva, gerente de produtos C&M Software.
Diferença para o débito automático e Pix agendado
Pix
automático e Pix agendado são formas de facilitar pagamentos
frequentes. A diferença é que no Pix automático é a empresa que pede a
autorização para receber pagamentos automaticamente, enquanto no Pix
agendado é o usuário quem decide quando e para quem enviar dinheiro de
forma regular, seja para uma pessoa ou empresa, segundo Silva.
Pix
agendado fica disponível no próximo ano. Também em outubro será
possível agendar uma transferência para pagamento entre pessoas físicas,
como mesada, doação, aluguel entre pessoas físicas e serviços
recorrentes (terapia e diarista, por exemplo). Hoje, alguns bancos até
oferecem a opção, mas se torna obrigatório em 2024.
No débito
automático, o pagamento demora mais para cair. Mesmo após debitado, ele
ainda tem o caminho de processar a transação e reconhecer o pagamento,
demorando um ou dois dias úteis, diferentemente do Pix automático, em
que o dinheiro chega na mesma hora na conta do recebedor.
Como usar o Pix automático
Regras foram ajustadas para tornar tudo mais organizado. Entre as gerais de funcionamento, o BC mencionou pontos como normas para o cancelamento da autorização, responsabilização em caso de erro, limite diário para as transações relacionadas ao produto e horários específicos.
Instruções
de pagamentos são fornecidas pela empresa que vai receber o dinheiro,
como valores e datas. O usuário pessoa física apenas precisa decidir se
quer ou não usar a opção automática.
Cliente precisa autorizar a
operação recorrente em seu aplicativo de banco. Depois, as transações
irão seguir a programação pré-estabelecida sem necessidade de
intervenção de nenhuma das partes.
Também é possível pagar via QR
Code. Outra forma de aderir à novidade é que a pessoa recebe a fatura
do mês com a opção de pagamento Pix automático através do QR Code e
confirma se quer aderir ou não ao pagamento pela modalidade.
"É
uma oportunidade de cortar despesas com cobranças e reduzir
inadimplências, porque tira a necessidade de acordos bilaterais, já que
os procedimentos são uniformizados pelo Banco Central, simplificando a
adoção do serviço", diz Wellington Silva, gerente de produtos C&M
Software.