Casos de Covid-19 e mortes decorrentes da doença registram aumento no Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
No Brasil, o número de novos casos notificados de Covid-19 aumentou de
cerca de 33 mil para 45.177 entre 11 e 17 de fevereiro. O número de
mortes também cresceu, passando de 164 para 198. No acumulado, são
38.452.504 casos da doença registrados no país e 709.963 mortes. As
informações são do Painel Covid-19 no Brasil, do Ministério da Saúde.
Segundo
os dados, o Sudeste é a região com o maior número de casos acumulados
(15.327.268), seguida do Sul (8.157.451) e Nordeste (7.536.042).
Para
Manoel Palácios, infectologista do Hospital Anchieta, um dos fatores
que pode ter contribuído para o aumento dos casos de Covid-19 foram as
variantes dos vírus. Para ele, o surgimento e circulação de novas
variantes do SARS-CoV-2, vírus da família dos coronavírus, podem ser
mais transmissíveis.
“Outro ponto poderia ser a fadiga das
medidas de prevenção, isso quer dizer que com o passar do tempo
aconteceu uma redução da adoção das medidas preventivas, como uso de
máscaras, distanciamento social e higiene das mãos, principalmente em
eventos recentes, como o Carnaval”, pontua Palácios.
Ele também
afirma que as reuniões em ambientes fechados, como shoppings e bares,
sem ventilação adequada, facilitam a transmissão do vírus.
“Outro
ponto importante, que poderia estar explicando o número indicado só
aumentado, é a cobertura vacinal incompleta. Ainda que a vacinação já
tenha começado e avançado, Inicialmente para grupo sectários,
adolescentes, a cobertura incompleta em alguns grupos e ou a excitação
vacinal pode deixar partes da população bastante vulneráveis”, ressalta o
infectologista.
Vacinação
Segundo o Ministério da Saúde, o
número de doses contra Covid-19 aplicadas é de 517.559.034, até o
momento — incluindo as doses de primeira, segunda e terceira aplicação,
bem como as doses de reforço.
No que se refere à vacina
bivalente, recomendada pela pasta como reforço para pessoas com mais de
12 anos que apresentam comorbidades, ou para adultos sem comorbidades, o
total de doses aplicadas no Brasil foi de 33.471.484.
Palácios
explica que ainda existe um grupo pequeno que não realizou a vacinação
contra Covid-19 — e aqueles que tomaram apenas duas ou três doses, sem
reforços. Para ele, é preciso acelerar a vacinação para aumentar a
imunidade da população, principalmente entre os mais vulneráveis.
“Gerar
campanhas de informação e educação também vão ajudar a combater a
fadiga das medidas preventivas, reforçando a importância de continuar e
seguir as diretrizes de saúde pública”, enfatiza.
Stephany Souza,
de 22 anos, mora em Natal, no Rio Grande do Norte. Ela relembra que
pegou Covid-19 três vezes, no total. A primeira vez foi em 2020, no
início da pandemia, quando estava de quarentena e seguindo as
recomendações do Ministério da Saúde. Ela acredita que contraiu a doença
nas idas ao supermercado.
“Eu tive sintomas pertinentes e
longos, não cheguei a ficar hospitalizada; mas como não tinha vacina nem
muitas informações sobre a doença, fiquei tratando dos sintomas em
casa. Eram febre, dor no corpo, garganta doendo, cansaço, um pouco de
falta de ar. Eu fiquei pelo menos 15 dias de recuperação, tratando os
sintomas em casa”, recorda.
No final de 2020, ela afirma que o
trabalho voltou de forma presencial. E, nisso, houve um pequeno surto de
doença na empresa e ela contraiu a doença novamente. Os sintomas foram
fortes e duraram por uma semana. Stephany explica que tomou a vacina
contra Covid-19 assim que ela ficou disponível em sua cidade. E após
isso, em 2021, teve a doença novamente.
“Durante as duas vezes
que tive Covid-19 sem estar vacinada, tive sintomas fortes e por um
tempo considerável. Quando eu tive a doença vacinada, eu não tive sequer
sintomas, fiquei apenas assintomática. Então é uma prova concreta de
que a vacina contribui para evitar que a doença fique mais grave nas
pessoas, levando consequentemente a internações, entubações e também a
morte”, destaca.
Isolamento
Para quem foi
diagnosticado com Covid-19, o protocolo de isolamento continua o mesmo
do final de 2022, recomendado pelo Ministério da Saúde.
Aqueles
que realizarem o teste de Covid-19 e obtiverem um resultado negativo no
5º dia poderão encerrar o período de isolamento antes do prazo de 7
dias, desde que não manifestem sintomas respiratórios e febre por pelo
menos 24 horas, e não tenham utilizado medicamentos antitérmicos.
Caso continue apresentando sintomas, o período de isolamento pode chegar até dez dias.