Arthur Lira durante eleição para a presidência, em 2022 - Foto: Reprodução
Aliado de Jair Bolsonaro (PL), o deputado Arthur Lira (PP-AL) deve manter uma “distância regulamentar” do ex-presidente Jair Bolsonaro e não deve ir ao ato na avenida Paulista convocado para o dia 25, segundo aliados do presidente da Câmara ouvidos pela CNN.
A leitura no entorno do parlamentar é que o evento poderia causar constrangimentos constitucionais. Procurada, a assessoria de Lira disse que o deputado não se manifestou sobre o evento.
O ex-presidente pediu em uma
mensagem gravada em vídeo que os seus apoiadores não levem faixas e
cartazes contra o STF, mas a expectativa entre políticos de esquerda e
direita é que o evento de desagravo acabe em críticas ao STF, em
especial ao ministro Alexandre Moraes.
No campo petista,
deputados e lideranças minimizam o ato do dia 25, que classificam como
uma afronta ao STF. “(o ato) Terá zero impacto e só vai piorar a
situação dele no judiciário. É puro desespero”, disse o deputado federal
Zeca Dirceu (PT-PR), ex-líder do PT na Câmara.
“É uma afronta à
justiça e uma tentativa de obstruir a justiça”, afirmou o deputado
Rogério Correia (PT-MG), vice – líder do governo na Câmara.
Procurada, a assessoria de Bolsonaro ainda não se manifestou sobre as críticas dos petistas.
“Os
petistas sempre fazem isso antes de grandes manifestações. É para botar
medo no povo. As pessoas vão seguir a orientação (de não criticar o
STF”, disse a deputada Carla Zambelli (PL-SP).