Testes Rápidos de Detecção do HIV estão presentes nos 102 municípios alagoanos - Foto: Carla Cleto / Ascom Sesau
Mesmo com as campanhas educativas orientando sobre as medidas preventivas contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), além da distribuição de 2 milhões de preservativos aos 102 municípios alagoanos, muitas pessoas se expuseram ao vírus HIV durante o Carnaval.
Se
isso ocorreu devido a relações sexuais desprotegidas, em razão de
violência sexual ou mesmo por acidentes com materiais perfurocortantes, é
necessário realizar o Teste Rápido de Detecção do vírus no organismo.
Para
isso, é necessário procurar um Centro de Testagem e Aconselhamento
(CTA).ou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima do local de
residência, mediante orientação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS),
uma vez que, em Alagoas, o Teste Rápido de Detecção do HIV é
disponibilizado pelos 102 municípios.
Em caso de dúvidas, o
usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) deve ligar para o Disque Saúde,
por meio do número gratuito 136, disponibilizado pelo Ministério da
Saúde (MS).
A assessora técnica do Programa ISTs da Sesau,
Cristina Toneal, explica que o Teste Rápido de Detecção do HIV é
fundamental para diagnosticar a presença do vírus ou se o indivíduo já
desenvolveu a Aids. “O Teste Rápido é realizado e, como o nome já diz, o
resultado sai entre 15 a 30 minutos. Ele é de extrema importância em
casos de relações sexuais desprotegidas, pois detecta a presença do
vírus no organismo, sendo realizado de forma sigilosa, sem necessidade
de pedido médico”, salienta.
Cristina Toneal ressalta que as pessoas que se expuseram ao vírus
durante o Carnaval e realizarem o Teste Rápido de Detecção do HIV devem
repetir o exame após 30 dias. Isso porque, segundo ela, existe a janela
imunológica, que é o intervalo de tempo decorrido entre a infecção pelo
HIV até a primeira detecção de anticorpos anti-HIV, produzidos pelo
sistema de defesa do organismo.
“Com isso, existe a possibilidade
de o Teste Rápido de Detecção do HIV apresentar um resultado não
reagente, mesmo que a pessoa esteja infectada. Esse período pode variar,
dependendo da reação do organismo do indivíduo, diante da infecção e do
tipo do teste. Por precaução, é fundamental repetir o exame 30 dias
depois da exposição ao vírus, conforme preconizado pelo Ministério da
Saúde”, recomenda a assessora técnica do Programa ISTs da Sesau, ao
salientar que também é possível se testar para os vírus da sífilis e
Hepatites B e C.
Cristina Toneal ressalta que o diagnóstico do
HIV é realizado pela coleta de sangue e, durante a realização do teste, o
paciente passa por um processo de aconselhamento antes e depois do
exame, com o objetivo de facilitar a correta interpretação do resultado.
“Quando chegam à unidade de saúde, os pacientes são acolhidos e
orientados sobre qual o melhor procedimento deve ser realizado. Em
alguns casos, são aconselhados a realizar também a PEP e ter um
acompanhamento maior”, explica a assessora técnica do Programa ISTs da
Sesau.
Ainda de acordo com a Cristina Toneal, a PEP, uso de
medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções, é
recomendada em situações em que alguém teve exposição ao HIV devido a
relações sexuais ou em casos de violência sexual.
“A PEP pode ser realizada até 72h após relação sexual desprotegida. No atendimento, são realizados os testes rápidos da pessoa exposta e, a depender destes, é prescrita a medicação, que deve ser tomada por 28 dias, seguida de repetição de exames e acompanhamento por seis meses. A infecção pelo HIV pode ser detectada com pelo menos 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame busca por anticorpos contra o HIV no sangue”, enfatiza a assessora técnica do Programa ISTs da Sesau, informando que é necessário contatar a SMS do município de residência para se informar sobre a unidade de saúde mais próxima que disponibiliza a PEP.