Protesto reivindicou o retorno das aulas da escola em condições dignas - Foto: Assessoria
Mães, pais e responsáveis de estudantes da Escola Municipal Hévia
Valéria, no Village Campestre I, realizaram um protesto na unidade de
ensino para reivindicar o retorno das aulas da instituição em condições
dignas. O ato aconteceu na manhã desta quarta-feira (27) e contou com a
presença da direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de
Alagoas (Sinteal).
O protesto foi levado para o ginásio da
escola, que recebeu o grupo que portava cartazes exigindo que fossem
fornecidas melhores condições estruturais e de ensino para os alunos,
que segundo informações do presidente do Sinteal, Izael Ribeiro,
enfrentam uma carência enorme de professores, além de problemas
estruturais que comprometem a saúde dos profissionais da educação e
estudantes.
“Entendemos que a educação de qualidade é o único
caminho para que nossas crianças e jovens possam de fato ter um futuro
melhor. Escola é direito, precisa ter qualidade, atender de fato o que
preconiza a constituição. A matéria que a TV Sinteal fez aqui chocou
todo o município. A revolta dos pais é justa. Uma cisterna com baratas e
outros problemas estruturais graves, além da falta de professores”,
afirma Izael.

Ainda durante a mobilização, o diretor da escola informou que a
Secretaria Municipal de Educação de Maceió (SEMED) se manifestou com
relação a alguns pontos trazidos pelo grupo e as aulas da unidade serão
retomadas na próxima segunda-feira (1).
A cisterna já está sendo
devidamente dedetizada e higienizada e, ainda segundo ele, há a promessa
de instalação de ventiladores imediatamente. Duas representantes da
SEMED e profissionais da engenharia estiveram no local para reforçar os
esclarecimentos, informando ainda que serão convocados professores que
fizeram o último Processo Seletivo Seriado (PSS) para atuar na escola.
Na
ocasião, alguns professores e responsáveis pelos estudantes
manifestaram insatisfação com outros pontos, como o calendário de aulas
aos sábados.
Izael reforçou que há uma preocupação para que essa
volta seja efetiva, com as devidas condições. “Precisamos iniciar
segunda-feira, mas com todos os professores. Não tem como recomeçar, e
chegar aqui não tem aula. Recomeçar pra quem? Mais um período com
dificuldades, sem os docentes. Educação é prioridade! Não dá pra dizer
que não tem recurso para contratar professores se tem recurso pra tanta
coisa, escola de samba, grandes eventos, cachês milionários. Poderia ser
quem fosse o prefeito, queremos uma escola que nossos estudantes venham
e aprendam de verdade. E não dá pra esperar”.
O Sinteal reforçou
que a decisão é da comunidade escolar, e que vai acompanhar a retomada.
“Caso não sejam realmente criadas as condições, voltaremos aqui para
denunciar, fazer as manifestações que forem necessárias e cobrar a
SEMED”, finalizou Izael.
*Com informações da Ascom Sinteal