Foi flagrado em Arapiraca, onde foram apreendidas 650kg de produtos e subprodutos dos animais - Foto: Assessoria
Insalubridade e inobservância aos preceitos de bem-estar animal
compunham o cenário de mais um abatedouro clandestino embargado pela
Equipe de Produtos de Origem Animal da Fiscalização Preventiva Integrada
(FPI) da Bacia do Rio São Francisco, que realiza sua 13ª etapa no
Agreste de Alagoas.
O abate irregular de suínos foi flagrado em
Arapiraca, onde foram apreendidas 650kg de produtos e subprodutos dos
animais, dentre estes quatro carcaças de suínos, bem como suas cabeças e
vísceras. A atividade irregular foi constatada em plena atividade
durante a noite. “Esta, era realizada em local totalmente insalubre, sem
qualquer higiene ou controle dos descartes de resíduos”, explicou o
coordenador da equipe.
Durante a ação da FPI, foram apreendidas
também as ferramentas utilizadas no abate clandestino, no intuito de
evitar a continuidade das atividades desenvolvidas no local.
Em uma
casa localizada ao lado de onde acontecia o abate clandestino, existiam
freezers e geladeira repletos de subprodutos oriundos deste abate
irregular, em péssimas condições de conservação e armazenamento,
inobservando as normas sanitárias.
Durante o abate em abatedouros
clandestinos pode haver, por exemplo, animais que morreram em
decorrência de alguma doença, o que gera a contaminação da carne e,
consequentemente, complicações para a saúde do consumidor. Apenas a
fiscalização pode prevenir tais ocorrências. Além de trazer riscos à
saúde da população, a prática também prejudica os abatedouros
certificados, com concorrência desleal, já que os clandestinos não se
comprometem com os investimentos que devem ser realizados para funcionar
de forma regular.
O local foi embargado por ausência de licença
para funcionamento pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), tendo sido
autuado por esta mesma motivação, deste modo, o Batalhão de Polícia
Ambiental (BPA) conduziu a responsável à Delegacia de Polícia para
lavratura de Boletim de Ocorrência. Os responsáveis foram autuados
também pela prática do abate clandestino e a inobservância aos preceitos
de bem-estar animal, pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de
Alagoas (ADEAL).
A FPI tem o objetivo de melhorar a qualidade
ambiental da Bacia do Rio São Francisco e a qualidade de vida dos seus
povos. Os trabalhos acontecem de forma contínua e permanente. Para isso,
realizam-se o diagnóstico dos danos ambientais e a adoção de
providências administrativas, cíveis e criminais com a indução de
políticas públicas.
Ao todo, 28 instituições/órgãos públicos e
entidades da sociedade civil organizada compõem a FPI do Rio São
Francisco. Eles são divididos em 13 grupos conforme a finalidade da
fiscalização. Trata-se das equipes 1) Extração Mineral e Resíduos
Sólidos; 2) Produtos de Origem Animal; 3) Recursos Hídricos; 4) Aquática
(Pesca Predatória e Segurança no Transporte Aquaviário); 5) Produtos
Perigosos; 6) Fauna; 7) Centros de Saúde; 8) Flora; 9) Educação
Ambiental; 10) Comunidades Tradicionais; 11) Gestão Ambiental; 12)
Segurança de Barragens; e 13) Projeto Sede de Aprender.

