Cana de Açúcar - Foto: Foto ilustrativa / Reprodução - internet
Entre os maiores produtores de cana-de-açúcar no mundo, cada qual tem o
seu modelo de precificação, geralmente seguindo parâmetros de preço fixo
ou com base no valor dos produtos, como o açúcar ou o etanol. Estes
modelos foram tema de um dos painéis do Cana Summit, evento realizado
pela Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil
(Orplana).
No Brasil, maior cultivador da gramínea, o valor
repassado aos fornecedores costuma ter como base cálculos do Conselho
dos Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e Etanol (Consecana), que conta
com repartições em estados como São Paulo, Paraná, Pernambuco, Sergipe e
Alagoas.
O economista do Pecege Consultoria e Projetos, Haroldo
Torres, explica que diferentes sistemas de precificação da cana no
Brasil partem do modelo do Consecana-SP. Entretanto, ele aponta que há
outras diferenças regionais que pesam na remuneração dos produtores.
No
atual modelo de partilha de receitas, de acordo com o economista, o
fornecedor recebe, em média, 59,5% do preço do açúcar e 62,1% do valor
do etanol. “É como se, simplificadamente, os produtores fossem sócios de
uma empresa que fabrica açúcar e etanol, em uma proporção de cerca de
60%, líquidos de fretes e impostos”, resume.
Mas Torres também
trouxe uma visão mais ampla, listando outros grandes produtores de cana
pelo mundo e como são feitas as suas precificações de matéria-prima.
Ainda
estavam presentes no painel a especialista comercial em agronegócio da
S&P Global Commodity Insights, Nicole Monteiro, e o diretor da
Datagro, Guilherme Nastari. Eles falaram sobre a importância do etanol e
seus coprodutos e deram exemplos de fórmulas de precificação que estão
vigentes no mercado.