É importante intensificar a ingestão de alimentos in natura, ricos em fibras, como frutas e verduras, pode reduzir o risco de desenvolver o diabetes - Foto: Carla Cleto - Ascom Sesau
A alimentação saudável é um dos pilares para garantir melhor
qualidade de vida. Nesta quarta-feira (26), Dia Nacional do Diabetes
Mellitus, a nutricionista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau),
Gilvânia Nóia, reforça que a alimentação adequada é fundamental para o
controle glicêmico e, consequentemente, para a prevenção das
complicações do diabetes, podendo retardar ou mesmo evitar o surgimento
do tipo 2 da doença nas pessoas predispostas a desenvolvê-la.
O
Diabetes Mellitus é uma doença crônica na qual há altos níveis de
glicose no sangue porque o organismo não consegue produzir insulina ou
produz uma quantidade insuficiente; ou não consegue empregar
adequadamente a insulina que produz. A falta de insulina ou a
incapacidade das células em responder à insulina leva a altos níveis de
glicose no sangue, ou hiperglicemia, que é a marca do diabetes.
Gilvânia
Nóia destaca a importância da mudança de hábitos alimentares e da
realização da prática de esportes como medidas preventivas e essenciais
no controle do diabetes. “Evitar o consumo excessivo de bebidas
açucaradas, como sucos de caixinha e refrigerantes, além do consumo de
álcool, e intensificar a ingestão de alimentos in natura, ricos em
fibras, como frutas e verduras, pode reduzir o risco de desenvolver o
diabetes”, recomenda.
Para as pessoas que já possuem diabetes, a
nutricionista da Sesau explica que é necessário aprenderem a ler os
rótulos dos produtos antes de consumir. “Alguns alimentos podem
apresentar açúcar escondido sob forma de glicose, xarope de glicose ou
de milho, frutose, maltose, maltodextrina ou açúcar invertido”, alerta.
Acompanhamento
Segundo
Gilvânia Noia, o acompanhamento nutricional com profissional
especializado favorece o controle glicêmico do paciente diagnosticado
com diabetes. Ela esclarece que o rastreamento ajuda a reduzir os níveis
de hemoglobina glicada, independente do tipo de diabetes e do tempo de
diagnóstico.
“O objetivo é promover melhor a aceitação e adesão à
dieta e, assim, melhorar a qualidade de vida da pessoa com a doença. E
neste contexto, só o nutricionista pode propor orientação nutricional e
um plano alimentar individualizado, adequado para prevenção e controle
das complicações”, ressalta a especialista.
Existem vários tipos
de diabetes mellitus e os mais comuns são chamados de diabetes 1 e
diabetes 2. O tipo 1 é quando a pessoa apresenta uma deficiência
absoluta de insulina no pâncreas, desregulando a glicose no sangue. Ele
tem influência genética e, por isso, é a condição que mais recebe
diagnósticos na infância e na adolescência, podendo destruir as células
responsáveis por sintetizar e excretar a insulina.
Já o tipo 2
geralmente se desenvolve por dois motivos. No primeiro deles, o pâncreas
consegue produzir uma quantidade suficiente de insulina, mas o
organismo não é capaz de utilizá-la da forma necessária. Mas, em alguns
casos, o órgão não consegue produzir quantidades suficientes de insulina
para regular de modo satisfatório a glicose no sangue. Esse tipo também
afeta o organismo progressivamente, sendo possível ser detectado por
meio de exames, ainda na fase chamada de “pré-diabetes”.