O Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca divulgou
neste sábado (20) detalhes do exame cadavérico realizado no corpo de
Maria Katharina, de apenas 10 anos. A menina foi encontrada sem vida em
circunstâncias que geraram dúvidas e grande comoção no município de
Palmeira dos Índios, onde ela morava com a família.
Francisco
Milton, perito médico legista responsável pelo exame cadavérico,
esclareceu os principais pontos encontrados durante a necropsia. Segundo
ele, não foram identificadas no corpo da criança, lesões de defesa ou
sinais de tortura no exame pericial realizado.
Ele reforçou
também que não foram observadas fraturas no osso hioide, comum em casos
de asfixias por constrição do pescoço, lesão provocada por
estrangulamento. O laudo, entregue no último dia 17 de julho, indicou
que a causa da morte foi asfixia por enforcamento, evidenciada pelos
sinais característicos encontrados durante o procedimento médico-legal.
"Com
relação à necropsia em si, não encontramos nenhuma lesão de defesa, nem
sinais de tortura. Encontramos aqueles sinais típicos de enforcamento,
como o sulco no pescoço, e a infiltração sanguínea na musculatura",
afirmou Francisco Milton.
O perito médico legista ainda destacou
que foram coletadas amostras de sangue, conteúdo gástrico e fígado da
menina. Esse material ficará guardado, para caso haja a solicitação de
exames complementares de toxicologia forense.
Com a divulgação
dos resultados do IML, a Polícia Científica espera ter contribuído para
os esclarecimentos sobre o trágico incidente, auxiliando nas
investigações em curso sobre as circunstâncias da morte precoce da
menina. O órgão aguarda agora a decisão da equipe da Delegacia Regional
de Palmeira dos índios para possíveis requisições de novos exames.