
Ações realizadas pela Secretaria da Ciência, da
Tecnologia e da Inovação (Secti) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa
(Fapeal) garantiram a primeira posição de Alagoas no ranking do Nordeste
na concessão de bolsas de mestrado e doutorado. Já em âmbito nacional, o
incentivo à formação de pesquisadores no estado ficou em segundo lugar,
de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados.
Em
comparação com 2023, Alagoas pulou da 2ª posição para a 1ª,
regionalmente, e da 5ª para a 2ª, nacionalmente. Além disso, o estado
saiu do 15º para o 12º lugar do país, quando se considera o pilar
inovação como um todo. Esse pilar é composto pelos itens: Investimentos
Públicos em P&D, Patentes, Bolsa de Mestrado e Doutorado,
Empreendimentos Inovadores, Pesquisa Científica, Empresas de Alto
Crescimento e Informação e Comunicação. E dos sete itens, Alagoas
avançou em cinco.
Segundo o secretário da Secti, Silvio Bulhões, Alagoas continuará
investindo em ciência, ensino superior e também iniciação científica.
"Vamos continuar investindo, reforçando essa posição do estado, como um
dos que mais investem em CT&I no país. Nos últimos dois anos, foi
aplicado um reajuste de 40% nas bolsas, e isso mostra nosso
comprometimento", afirmou o secretário.
Para o diretor-presidente da Fapeal, Fábio Guedes, esse é um
avanço que deve ser comemorado. “Isso mostra o comprometimento do
Governo Paulo Dantas em continuar investindo em Ciência, Tecnologia e
Inovação. Nós queremos que esse resultado possa alcançar todo o estado,
especialmente formando a nossa juventude e permitindo que os cientistas
de Alagoas possam apostar cada vez mais nos seus projetos”.
Quanto à competitividade, no geral, o estado ocupa a 17ª posição
no país. O ranking é organizado anualmente pelo Centro de Liderança
Pública (CLP), uma organização suprapartidária, que define o ambiente
ideal para o surgimento de inovações como a presença combinada da
competição com ações de fomento à pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Impacto
O
reitor da Universidade Federal de Alagoas, Josealdo Tonholo, afirmou
que a Ufal, por ser mais antiga, é a maior detentora de cursos de
pós-graduação stricto sensu (em sentido específico) do estado. “Nos
últimos oito anos houve um desabastecimento por parte do governo
federal, e nós passamos por momentos muito difíceis. O apoio que a gente
teve o tempo todo da Fapeal e, particularmente, a visão da importância
da Ciência e da Tecnologia pelo ex-governador Renan Filho e pelo
governador Paulo Dantas fez a diferença; a Fapeal permitiu que nossos
cursos avançassem. Em plena crise nacional e em plena pandemia da Covid
dois terços dos cursos de pós graduação [mestrado e doutorado]
aumentaram de conceito. Isso teria sido impensável se não fosse o apoio
da Fapeal, particularmente com as bolsas”.
Tonholo, que tem uma
sólida atuação com Sistemas de Inovação, Empreendedorismo Inovador,
Proteção do Conhecimento, Transferência de Tecnologia, Interação
Universidade-Empresa e Incubadoras de Empresas/Parques Tecnológicos,
também destacou a importância do Centro de Inovações do Jaraguá e outras
iniciativas do Governo de Alagoas.
“Se hoje existe uma revolução
silenciosa acontecendo em Alagoas, e eu diria que o grande catalisador
disso é o Centro de Inovações do Jaraguá, que é uma iniciativa do
Governo do Estado, e tem várias parcerias, dentre elas a da Ufal. Isso
está acontecendo porque a gente já tem uma competência instituída na
área de Tecnologia da Informação, e essa revolução está acontecendo por
causa da aglutinação de valores lá no Polo de inovação, e isso está
gerando, para Alagoas, uma expectativa muito grande com relação ao
crescimento dessa economia do conhecimento, que á catalisada pelas
pessoas altamente qualificadas. Indicativas como o OxeTech, aliadas ao
conhecimento de pessoas bem qualificadas, com mestrado e doutorado,
estão fazendo diferença e criando uma nova realidade para o estado”,
comentou o gestor.
Os dados completos, por estado, pilar, e indicadores, estão disponíveis publicamente neste link.