
Está em andamento nesta quinta-feira (31) o júri popular dos cinco réus que respondem pelo envolvimento na morte de João de Assis Pinto Neto,
auditor fiscal da Receita Estadual, da Secretaria de Estado da Fazenda
de Alagoas (Sefaz-AL). Uma testemunha afirmou que dois dos acusados
teriam assassinado o auditor, responsável por realizar a fiscalização em
um depósito de bebidas no bairro do Tabuleiro do Martins, em Maceió.
A
informação foi divulgada à imprensa pela assessoria de comunicação do
Ministério Público do Estado de Alagoas, no Fórum da Capital, no Barro
Duro, onde acontece o júri.
A testemunha, que na época do crime era menor, teria inclusive ouvido João de Assis gritar por socorro, seguido por silêncio.
"A
testemunha, que à época era menor, relatou tudo. Disse que Ricardo e
Vinicius teriam matado, que o Ricardo pegou uma moto e o chamou para ir a
um posto de gasolina, depois da Ufal, comprar gasolina para um
vasilhame de cinco litros. Que ele presenciou o Ronaldo arrastando a
vítima pelo braço e o Ricardo segurando pelos pés. Que ele estava
fazendo uma entrega, quando o Ricardo chamou o irmão João Marcos para ir
ao estabelecimento. Que ele, o menor à época, ouviu os gritos de João
de Assis dizendo: "Socorro, meu Deus!", depois silenciou. Depois do
crime, o Ricardo tirou a camisa suja de sangue, vestiu outra e continuou
a atender normalmente como se nada tivesse acontecido. Que a mãe deles
chegou lá. O pai deles em seguida, e que o Vinicius foi quem dirigiu o
carro que levou o corpo", divulgou a assessoria do MP-AL.
O
julgamento está sendo conduzido pelo juiz Geraldo Amorim. No banco dos
réus estão os irmãos Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo da
Silva e João Marcos Gomes de Araújo, também a mãe deles Maria Selma
Gomes Meira. Além deles, Vinicius Ricardo de Araújo Silva, todos membros
da mesma família.
Maria Selma e João Marcos são acusados de
suporte moral aos executores para que lograssem êxito no plano
criminoso. Maria Selma Gomes Meira, será julgada por ocultação de
cadáver, corrupção de menor e fraude processual, tendo sido ela a
responsável por limpar o sangue da vítima da cena do crime e auxiliado
na retirada do veículo da Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas
(Sefaz) do local.
Relembre o crime
O auditor fiscal João de Assis, da Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz-AL), foi encontrado morto em um canavial próximo a Usina Cachoeira do Meirim, em Maceió. O corpo da vítima estava carbonizado e apresentava sinais de violência. Seu veículo foi encontrado próximo ao Centro Sportivo Alagoano (CSA).
O auditor desapareceu no dia 26 de
agosto de 2022, durante o horário de trabalho. Seu celular foi
encontrado em um terreno baldio, no município de Rio Largo, e através do
aparelho foi possível refazer os passos do servidor e chegar até os
suspeitos.
A vítima teria entrado em vias de fato com os dois
irmãos, onde bateu a cabeça, vindo a ficar desacordado. A partir disso,
os dois suspeitos tentaram se desfazer do corpo o carbonizando no
canavial onde foi encontrado.
*Com informações do TNH1