
O Sistema OCB realizou, nesta quinta-feira (29), reunião
de abertura da Solução Neutralidade de Carbono. O encontro reuniu
representantes de 16 cooperativas de diferentes ramos e estados
brasileiros indicadas pela Câmara Temática da COP para participar das
etapas, cronogramas e entregas da iniciativa. “Esse evento marca o
início de uma jornada estratégica que posiciona o cooperativismo
brasileiro na vanguarda da sustentabilidade, com o alinhamento de suas
práticas às demandas globais de descarbonização e aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, afirmou Débora Ingrisano, gerente de
Desenvolvimento de Cooperativas da entidade.
Parte do Programa
ESGCoop, a Solução Neutralidade de Carbono é uma ação pioneira destinada
a apoiar as cooperativas na mensuração, gestão e neutralização de suas
emissões de gases de efeito estufa (GEE), para promover a elaboração de
inventários alinhados ao Programa Brasileiro GHG Protocol e assegurar
maior transparência e competitividade no mercado.
Durante a
reunião, Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB,
enfatizou o papel estratégico da sustentabilidade no cooperativismo. Ele
detalhou as etapas do programa e os serviços técnicos oferecidos pela
parceira Ambipar, como consultorias especializadas, elaboração de
relatórios de descarbonização e apoio à publicação de inventários no
Registro Público de Emissões. O cronograma apresentado reforçou o
compromisso com prazos claros e entregas consistentes, destacando a
importância do engajamento das cooperativas para o sucesso da
iniciativa.
Alex evidenciou que, em 2024, 247 cooperativas
participaram do diagnóstico ESGCoop, revelando uma média de adesão de
49,70%. Ele lembrou, contudo, que os desafios na dimensão ambiental
ficaram evidentes, especialmente no critério de mudanças climáticas, que
registrou um índice de apenas 28%. “Essa realidade destaca a urgência
de ações concretas para transformar o setor em um modelo de referência
na adoção de práticas sustentáveis”, acrescentou.
A Solução
Neutralidade de Carbono surge como resposta a essa necessidade,
oferecendo um caminho estruturado para que as cooperativas avancem em
sua agenda ambiental. A iniciativa busca atender aos requisitos
regulatórios e criar uma cultura de descarbonização que alinha o setor
às metas globais, posicionando o cooperativismo brasileiro como
protagonista na diplomacia ambiental.
Segundo Laís Nara, analista
técnico institucional do Sistema OCB, o inventário mostra que as
cooperativas brasileiras não apenas reconhecem suas emissões, mas adotam
práticas para mitigá-las, contribui para a redução de GEE e fomenta o
mercado de pagamento por serviços ambientais. “Convidamos todas as
cooperativas a fazerem seus inventários e publicarem no Registro Público
de Emissões. Essa transparência gera retornos significativos, tanto
ambientais quanto econômicos, além de fortalecer a reputação do
cooperativismo”, destacou.
A Ambipar participou do encontro e
apresentou o trabalho de consultoria e atuação da empresa, que oferece
serviços e produtos completos voltados à gestão ambiental. Maria Cláudia
Martinelli, coordenadora de Projetos em Sustentabilidade da Ambipar,
destacou o compromisso de oferecer soluções inteligentes e expertise
para superar os desafios da sustentabilidade. “Para nós,
sustentabilidade não é apenas um discurso, é parte do nosso dia a dia e
precisa ser para vocês também”, declarou.
Representantes de
cooperativas como Copacol, Frísia e Sicoob Unicoob marcaram presença na
reunião, reforçando o valor estratégico de integrar um projeto alinhado à
sustentabilidade e à neutralidade de carbono. Para essas cooperativas,
participar de uma iniciativa como essa não apenas contribui para o
fortalecimento de práticas sustentáveis no setor, mas também posiciona o
cooperativismo como protagonista na construção de uma economia mais
verde e responsável.
A reunião foi finalizada com o convite para
que as cooperativas participantes se tornem agentes de transformação,
assumindo o protagonismo na agenda climática e reforçando o compromisso
do cooperativismo com a neutralidade de carbono. A mensagem central do
evento foi clara: juntos, o cooperativismo brasileiro pode moldar um
futuro mais sustentável e inclusivo, consolidando sua relevância no
cenário nacional e internacional.