
A reconstrução da ponte Juscelino Kubitschek, que liga os
estados de Tocantins e Maranhão, deve custar entre R$ 100 milhões e R$
150 milhões, segundo estimativa do Ministério dos Transportes. O anúncio
foi feito nesta segunda-feira (23) pelo ministro Renan Filho, que
garantiu a inclusão da obra no orçamento de 2024.
Parte da
estrutura, construída na década de 1960 sobre o rio Tocantins, cedeu na
tarde de domingo (22). Até o momento, foi confirmada a morte de uma
mulher de 25 anos, enquanto 15 pessoas seguem desaparecidas, entre elas
duas crianças.
A ponte conecta as rodovias Belém-Brasília e
Transamazônica e está localizada entre os municípios de Aguiarnópolis
(TO) e Estreito (MA). A responsabilidade por sua manutenção é do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão
vinculado ao Ministério dos Transportes.
O ministro Renan Filho
afirmou que a pasta vai abrir uma sindicância para apurar as causas e
responsabilidades pelo acidente. Ele destacou que, além da reconstrução,
será necessário remover os escombros e avaliar danos adicionais.
"Esperamos emitir a ordem de serviço para as obras no início de 2025,
com o compromisso de entregar a ponte ainda no mesmo ano", declarou
Renan durante uma vistoria na região.
Governadores dos estados
afetados definiram que os desvios serão realizados pelo município de
Imperatriz, no Maranhão, o que já provocou congestionamentos. O
governador maranhense, Carlos Brandão, reconheceu os impactos
socioeconômicos. "O comércio será afetado, mas precisamos enfrentar essa
situação", disse.
As buscas pelas vítimas, conduzidas por
bombeiros e policiais, foram interrompidas no domingo à noite após
mergulhadores identificarem a presença de ácido sulfúrico na água,
proveniente de caminhões que caíram da ponte. Autoridades alertaram a
população para evitar contato com o rio na região.
Moradores
relatam problemas estruturais na ponte há mais de um ano. Registros
feitos antes do desabamento mostram rachaduras aparentes e a
deterioração da estrutura. Um vídeo gravado pelo vereador Elias Cabral
Júnior, de Aguiarnópolis, capturou o momento exato do colapso.
"Diversas
denúncias já foram feitas pela população. A ponte poderia desabar a
qualquer momento", afirmou Victor Costa, morador da cidade, que também
registrou imagens com drone antes e depois do acidente.
Com informações de Folhapress.