
Os residentes da pequena cidade de Feliz Deserto, de cerca de 3900 pessoas, no Litoral Sul de Alagoas, iniciaram uma abaixo-assinado contra a GeoMineração - escritório especializado em consultorias e serviços técnicos na área mineral, ambiental, geológica - por estar operando próximo de casas e comprometendo a estrutura física das residências. A empresa, segundo os moradores, realiza serviços de extração de areia no município.
Segundo a representante do abaixo-assinado, endereçado ao Ministério Público Federal (MPF), no texto de apresentação do documento, disponível para assinatura online, um morador instruído realizou testes de impacto de tremor e constatou o deslocamento do solo e possibilidade de desabamento iminente.
A
cidade possui residências com pouca estrutura e a fundação em solo
arenoso. Com a operação da empresa em Feliz Deserto cerca de 20 casas já
apresentam prejuízos estruturais de acordo com o texto dos moradores.
Houve uma reunião entre a empresa e o morador responsável pelos testes,
onde ficou acordado a não utilização de rolos compactadores em suas
atividades a partir de 20 de janeiro de 2024, por reconhecer os riscos
de desmoronamentos, desabamentos e erosão.
Entretanto, para os
moradores essa medida não é suficiente, pois para eles o maior perigo é
a proximidade das operações com as casas, além do desmatamento e do
assoreamento do Rio Canduípe. Ainda de acordo com o texto, o prefeito da
cidade, Jorge Nunes (PP) concorda com o desejo da população sobre a
paralisação das atividades de mineração e solicitou esclarecimento das
operações.
Os moradores de Feliz Deserto exigem paralização
imediata das atividades de exploração de areia pela mineradora
GeoMineração evitando o somatório de desastres ambientais e civis. Para
conhecer o abaixo-assinado clique neste link.
*Estagiária sob supervisão