
A “costura” feita pelo principal articulador político da
prefeitura e por João Henrique Caldas, o JHC (PL), foi bem feita.
Literalmente. Com a ajuda do secretário de Governo, Júnior Leão, o
prefeito conseguiu reverter a eleição de Marcelo Palmeira (PL) como
presidente da Câmara Municipal de Vereadores e emplacou Chico Filho
(PL), indicado por ele.
Para consolidar a articulação, Chico
Filho foi eleito (na quarta-feira, 1o.) por unanimidade para comandar a
mesa diretora com 27 votos, apesar de enfrentar resistências tanto no
grupo de vereadores do PL mais próximos a JHC, quanto no grupo de
vereadores eleitos por partidos de oposição.
Nas conversas com os
vereadores em torno da composição da mesa diretora, Júnior Leão e JHC
para construir a base do governo na Câmara. Inicialmente, a bancada
seria formada por 16 vereadores, mas após o processo aumentou para 23
vereadores.
Alguns parlamentares, principalmente os eleitos por
partidos de oposição, assumiram o compromisso da “governabilidade”, ou
seja, de votar em pautas do interesse do município, atuando mais como
aliados independentes do que como opositores.
Fora da base do
prefeito ficaram apenas 4 vereadores, segundo interlocutores da Câmara e
da prefeitura. São eles o ex-prefeito Rui Palmeira (PSD), Sílvio Camelo
Filho (PV), Milton Ronalsa (PSB) e Teca Nelma (PT).
Os
vereadores ficarão fora, avisa um influente interlocutor da prefeitura,
se quiserem: “temos mantido um bom diálogo e tem espaço na gestão do JHC
para todos eles. Apesar de não entrarem na bancada, não acreditamos que
eles irão fazer oposição, mas apenas votar em pautas de seus
interesses, votando em matérias do município que considerarem boas para a
população”, diz.
Com a eleição da mesa diretora rsolvida, JHC tem procurado
estabelecer laços com os novos vereadores. Além das conversas, o
prefeito também tem organizado eventos sociais, como um almoço de
confraternização, realizado na casa dele, na Barra Nova (foto)
Não se envolveu
O
governador Paulo Dantas (MDB) chegou a ser procurado por um grupo de
vereadores eleitos por partidos que dão sustentação ao seu governo, mas
preferiu não se envolver na disputa. “Houve um momento em que a gente
tinha 12 votos e poderíamos ter conseguido ampliar para 14 se a
articulação fosse feita pelo governador, mas ele preferiu não se
envolver na disputa”, revela um vereador que participava do grupo de
apoio a Marcelo Palmeira.