Cerca de 61 mil produtores rurais da área de atuação da Superintendência
de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) afetados pela seca terão um ano
a mais para pagar as parcelas da linha emergencial de crédito concedida
ou renegociada no ano passado. Em reunião extraordinária, o Conselho
Monetário Nacional (CMN) aprovou a prorrogação dos financiamentos.
As
parcelas com vencimento em 2025 poderão ser pagas até um ano após o fim
do contrato. O mutuário deverá pedir, até 30 de junho, a prorrogação
nas agências bancárias e justificar a dificuldade no pagamento das
prestações neste ano.
Segundo o Ministério da Fazenda, a medida
beneficiará 60.804 agricultores familiares e produtores rurais, no total
de R$ 941,54 milhões. Desse total, 50.290 são operações de crédito
rural de custeio e 11.549 operações de investimento.
Em fevereiro
do ano passado, o CMN tinha concedido uma linha especial de crédito de
custeio pecuário para os agricultores familiares e demais categorias de
produtores rurais afetados pela seca na área da Sudene, que abrange o
Nordeste e municípios do norte de Minas Gerais.
Além de instituir
a linha emergencial de crédito rural de custeio pecuário, a resolução
do CMN de 2024 autorizou a renegociação de operações de crédito rural de
custeio e investimento contratadas com recursos do Fundo Constitucional
do Nordeste (FNE). A medida beneficiou produtores de municípios que
decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública por
causa da estiagem na área de atuação da Sudene.
A linha de
crédito emergencial ficou disponível até 30 de junho do ano passado. Os
pedidos de renegociação do FNE puderam ser feitos até 30 de dezembro.
CMN prorroga parcelas de crédito rural a afetados por seca no Nordeste - Foto: © Elza Fiúza/Agência Brasil/Arquivo