Se tem um prato que representa bem a cultura nordestina e está sempre presente na mesa dos alagoanos, esse prato é o cuscuz! E hoje, 19 de março, é o dia de celebrar essa iguaria tão amada e versátil, que pode ser servida de inúmeras formas, agradando a todos os gostos.
Feito
tradicionalmente com flocos de milho e cozido no vapor, o cuscuz tem a
vantagem de combinar com tudo. Há quem prefira o clássico cuscuz com
manteiga, outros não abrem mão do acompanhamento com ovos, queijo coalho
ou carne de sol. Já algumas famílias gostam de incrementar a receita
com leite de coco, carne seca ou até transformar o prato em uma versão
doce, com leite condensado.
Os métodos de preparo também variam: o
tradicional é feito na cuscuzeira, mas há quem use panela comum,
micro-ondas e até cuscuzeira elétrica. Não importa a forma, o que vale é
saborear esse prato que faz parte do dia a dia dos nordestinos e,
claro, dos alagoanos.
Uma pesquisa da 99 Food em parceria com o
Instituto Ipsos e Datafolha aponta que, na região, os pedidos para
consumo tanto no café da manhã quanto no almoço e jantar (com acrescido
de carne ou outra proteína) totalizam 22% da preferência dos clientes. A
marca é muito maior que a média nacional, de 6%.
O fenômeno está
ligado à disposição dos nordestinos em consumirem produtos regionais.
Das cinco regiões do Brasil, é o Nordeste que mais regionaliza seus
pedidos de alimentos.
O prato é reconhecido como patrimônio
imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). De acordo com o antropólogo da
alimentação Bruno Albertim, se sabe que o cuscuz, feito com sorgo,
arroz e com sêmola de trigo, como o conhecido cuscuz marroquino, era
prato comum na alimentação de povos mouros, oriundos do norte do
continente africano.