Além disso, a pequena agricultora é assistida por técnicos do Instituto
de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas
(Emater/AL) e participa de vários programas e políticas públicas
promovidos pelo órgão e pela Seagri como: o Programa de Aquisição de
Alimentos (PAA), o Planta Alagoas, além de receber apoio técnico para
melhorar e garantir a qualidade de sua produção.
“É muito
importante o apoio que recebemos dos técnicos. Eles chegam aqui em casa,
dão informações que ajudam na nossa plantação e explicam como podemos
participar dos programas do Governo. Eu participo de todos e adoro
receber as sementes que vêm do Planta Alagoas, da Secretaria de
Agricultura!”, comemora Silvaneide.
Protagonismo feminino no campo
O
trabalho agrícola é também uma ferramenta de empoderamento. Em Alagoas,
muitas mulheres veem no cultivo sua única fonte de renda. Elas plantam,
colhem, comercializam e ainda se dividem entre a lida do campo e o
cuidado com a família. Apesar dos desafios, seguem firmes em seus
propósitos.
Segundo o Censo Agropecuário 2017, Alagoas apresenta
um dos percentuais mais expressivos de participação feminina na
administração de estabelecimentos rurais do país: 24,59%, acima da média
nacional de 19,7%. No Agreste e no Sertão estão concentrados 79,5% dos
empreendimentos que são liderados por mulheres, revelando uma geografia
do protagonismo feminino que resiste e se expande.
Produção local e alimento saudável
A
agricultura familiar representa 83,6% dos estabelecimentos rurais em
Alagoas e ocupa 33,7% da área total explorada no estado, conforme os
dados do IBGE. Ao todo, são 82.369 estabelecimentos, fundamentais para a
segurança alimentar, o desenvolvimento sustentável e a preservação da
biodiversidade.
O estado ocupa a sétima posição no Nordeste em
número de agricultores familiares, sendo o 14º do país. Em termos
populacionais, 26,4% dos alagoanos vivem na zona rural, o que reforça a
importância de políticas públicas que valorizem e garantam a permanência
no campo.
Promovido pelas Secretarias de Estado da Agricultura e
Pecuária (Seagri) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
(Sedics), em parceria com a Unicafes Alagoas, o Circuito de Feiras é uma
oportunidade real de escoamento da produção local e de estímulo à
economia solidária. Mais do que comercializar, é uma forma de dar
visibilidade à força do campo alagoano, especialmente à força feminina.
“Valorizar
quem produz com as próprias mãos é uma prioridade do Governo de
Alagoas. O Circuito de Feiras é um espaço de comercialização e
reconhecimento do trabalho dos pequenos agricultores que formam a
agricultura familiar. E quando olhamos para as mulheres agricultoras,
podemos enxergar a força e a resiliência na construção de um futuro mais
saudável e sustentável”, avalia Aline Rodrigues, gestora da Seagri.
Política pública para o futuro
Uma
das prioridades do governo Paulo Dantas é fortalecer o cooperativismo e
valorizar o trabalho dos agricultores familiares. Com esse objetivo, a
Sedics tem atuado, por meio da secretaria Executiva do Cooperativismo,
Associativismo e Economia Solidária, diretamente na promoção de
políticas públicas que impulsionam o desenvolvimento com base na
cooperação, na inclusão social e na sustentabilidade.
O Circuito
de Feiras Regionais chega como espaços estratégicos de escoamento da
produção local, geração de renda e valorização do trabalho coletivo,
especialmente liderado por mulheres. Além de contribuir com o
fortalecimento da agricultura familiar e da economia solidária,
promovendo a equidade de gênero e o papel de liderança das mulheres no
campo; a sustentabilidade dos sistemas produtivos frente às mudanças
climáticas; a inovação social, o desenvolvimento territorial, a
preservação da cultura e da biodiversidade local, o evento tem promovido
a divulgação da produção alagoana, destacando a qualidade e a variedade
dos produtos.
Para a secretária de Desenvolvimento, Alice
Beltrão, o cooperativismo surge como uma ferramenta de
profissionalização para as agricultoras, promovendo autonomia, acesso a
mercados e capacitação técnica. A atuação junto a empreendimentos
coletivos e cooperativas contribui para fortalecer as redes de produção,
ampliar o impacto social e econômico no meio rural e garantir que o
desenvolvimento alcance todos os territórios de forma justa e duradoura.
“Acreditamos
no poder transformador do cooperativismo e na força das mulheres do
campo. Elas são protagonistas de uma nova economia, mais solidária,
justa e sustentável. O Circuito de Feiras é uma prova de que, quando
investimos em inclusão e desenvolvimento regional, transformamos
realidades”, destaca Alice Beltrão.
Governo de Alagoas impulsiona comercialização de produtos da agricultura familiar - Foto: Divulgação
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