A ponte entre os Renans e JHC foi
construída a quatro mãos. Literalmente. Bem relacionado com os Caldas e
com os Calheiros, o senador Fernando Farias (MDB) atuou como um forte
articulador, desde outubro do ano passado, quando começou processo de
indicação de Marluce Caldas para o STJ.
Para muitos, Fernando foi
o “fiador” de toda a articulação que resultou num compromisso assumido,
lado a lado, entre o prefeito de Maceió com o senador Renan Calheiros
(MDB) e o ministro Renan Filho (MDB).
JHC (PL) definiu, num
primeiro momento, que seria candidato ao Senado, deixando o caminho do
governo “livre” para Renan Filho. Os Renans aprovaram o acordo e
passaram a defender a indicação de Marluce pelo presidente Lula.
Entre
juntar adversários, quase inimigos, e chegar até o entendimento, foi um
longo caminho. E nesse processo outro hábil articulador entrou em
campo, ajudando os dois lados a percorrer a estrada ajudando-os a chegar
a "uma ponte sólida".
O
ex-secretário do Gabinete Civil de Renan Filho, médico e empresário
Fábio Farias, teve forte atuação nos bastidores desde o princípio. Ele
ajudou a construir o entendimento a partir de conversas com Marluce, o
irmão dela, João Caldas, o prefeito JHC e os Renans.
Fábio é
muito ligado aos Calheiros e é reconhecido pela sua atuação nos
bastidores, tendo trânsito livre nos meios empresariais, jurídicos e,
claro, na política.
Discreto, Farias
ajudou a montar o acordo entre os Caldas e os Calheiros, tendo papel
decisivo em vários momentos. Atuou até onde poderia, trabalhando para
JHC ser candidato ao Senado numa aliança ‘informal’ com os Renans – um
projeto que o prefeito avaliava como viável e que pretendia muito
realizar.
A mudança de rumo, com JHC acertando permancer no
mandato até o final e ficando fora da disputa do próximo ano, teria
acontecido após a entrada de Arthur Lira no processo. Mas essa é outra
história.