Pressionado pelos juros elevados e pelo ritmo mais lento da economia, o
mercado de trabalho formal brasileiro registrou em julho o menor
crescimento para o mês em cinco anos. De acordo com os dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério
do Trabalho e Emprego, foram abertas 129.778 vagas com carteira
assinada, resultado 32,2% inferior ao de julho de 2024.
Nos sete
primeiros meses de 2025, o saldo acumulado foi de 1,34 milhão de postos
de trabalho, queda de 10,35% em relação ao mesmo período do ano
anterior. O desempenho é o mais baixo para o período desde 2023, segundo
a série ajustada, que inclui declarações entregues fora do prazo por
empregadores.
Setores em destaque
Apesar da desaceleração,
todos os cinco setores analisados registraram saldo positivo no mês. O
setor de serviços liderou a criação de vagas, com 50.159 novos postos,
puxado por áreas como informação, comunicação, finanças e atividades
administrativas. Em seguida aparecem o comércio (27.325), a indústria
(24.426), a construção civil (19.066) e a agropecuária (8.795).
Na
indústria, o maior destaque ficou com a transformação, responsável por
22.834 contratações líquidas. Já no segmento de água, esgoto e gestão de
resíduos, houve fechamento de 704 vagas.
Desempenho regional
Todas
as regiões brasileiras registraram saldo positivo em julho. O Sudeste
abriu 50.033 postos, seguido pelo Nordeste (39.038) e pelo Centro-Oeste
(21.263). Sul e Norte criaram, respectivamente, 11.337 e 8.128 vagas.
Entre
os estados, São Paulo liderou com 42.798 novos empregos formais,
seguido por Mato Grosso (9.540) e Bahia (9.436). Apenas Tocantins (-61) e
Espírito Santo (-2.381, influenciado pelo fim da safra de café)
registraram fechamento de vagas.
. - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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