Eduardo Bolsonaro reage a indiciamento da PF e chama investigação de “delirante” Deputado afirma estar amparado pela Constituição dos EUA e acusa investigação de ter caráter político Por Esther Barros 21/08/2025 06h06

                                          Eduardo Bolsonaro - Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O deputado federal Eduardo Bolsonaro criticou, nesta quarta-feira (20), o indiciamento feito pela Polícia Federal nos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Em publicação no X (antigo Twitter), o parlamentar classificou como “lamentável e vergonhoso” a PF tratar como crime o vazamento de conversas privadas entre ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. Segundo Eduardo, que vive atualmente nos Estados Unidos, a investigação teria “intenção política” e não estaria voltada à busca por justiça.

O indiciamento ocorreu após a PF concluir apurações sobre a atuação do deputado junto ao governo de Donald Trump para influenciar medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Contestação ao relatório

Eduardo Bolsonaro disse ter se espantado com as conclusões da PF e chamou a tese de crime de “absolutamente delirante”. Ele alegou que as decisões sobre tarifas e sanções a autoridades brasileiras cabiam ao então presidente Donald Trump e a outros integrantes do governo norte-americano.

“O poder de decisão não estava em minhas mãos, mas sim em autoridades americanas. Por que, então, a PF não os incluiu como autores? Omissão? Falta de coragem?”, questionou.

Liberdade de expressão

O deputado afirmou que sua atuação nos Estados Unidos está amparada pela Primeira Emenda da Constituição americana, que, segundo ele, lhe assegura liberdade de expressão e o direito de peticionar demandas ao governo local.

Eduardo declarou ainda que sua agenda política no exterior tem como foco defender a anistia aos investigados por tentativa de golpe de Estado no Brasil. “Se o meu ‘crime’ for lutar contra a ditadura brasileira, declaro-me culpado de antemão”, escreveu.
 

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