Cooperação técnica firmada entre a
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) e
a Secretaria de Comunicação do Estado de Alagoas (Secom‑AL) marca a
implantação do Programa Integrado de Integridade da Informação e das
Comunicações, com foco no enfrentamento à desinformação sobre vacinas.
O
acordo, com vigência prevista de 24 meses — renováveis por aditamento —
inclui projetos como a Incubadora de Soluções para o Jornalismo Negro,
Periférico e Independente, que visa fortalecer conteúdos locais com
apoio institucional e técnico, incluindo a criação de três centros
comunitários para produção jornalística em territórios periféricos.
Também
está em desenvolvimento o plano Saúde com Ciência no Território, que
busca ampliar a cobertura vacinal infantil por meio da formação de
profissionais do SUS e da realização de campanhas de comunicação
comunitária para combater fake news sobre vacinas.
O
programa de Cidadania Digital complementa a ação ao capacitar
educadores e estudantes em educação midiática, promovendo leitura
crítica, produção de conteúdo consciente e fortalecimento de direitos na
rede.
Segundo Nina Santos, secretária‑adjunta de Políticas
Digitais da Secom/PR, “fortalecer a integridade da informação exige
atuação em múltiplas frentes… valorizar o jornalismo local, apoiar a
comunicação pública e investir na formação de crianças, jovens e
adultos”. Para o secretário de Comunicação de Alagoas, Wendel Palhares, a
iniciativa representa um pacto institucional para consolidar a
comunicação pública como política de Estado, ressaltando que a
desinformação "custa vidas, sabota políticas públicas e enfraquece a
democracia".
Alagoas
Desde
março, o estado lidera iniciativas voltadas à educação midiática e à
integridade informacional. A parceria com o Governo Federal amplia essas
estratégias, viabilizando ações concretas junto às comunidades,
sobretudo as mais vulneráveis.
Impactos esperados:
- Inserção de conteúdo informativo e confiável em territórios periféricos.
- Melhora na cobertura vacinal infantil via comunicação pública.
- Fortalecimento da produção jornalística local e iniciativas independentes.
- Formação de base crítica entre estudantes e educadores, ampliando resiliência à desinformação.
Fique por dentro
SAÚDE COM CIÊNCIA
Fake news sobre vacinas: entenda os perigos da desinformação
Uma
publicação que circula nas redes sociais e um livro recentemente
lançado na internet estão disseminando informações falsas sobre a
segurança e eficácia das vacinas contra a covid-19. As alegações incluem
desde supostas falhas nos ensaios clínicos da Pfizer até a criação de
uma nova doença associada à vacinação, chamada "Doença CoVax" – um termo
inexistente na literatura científica. Especialistas alertam que tais
conteúdos distorcem dados, geram medo e podem comprometer a adesão à
imunização, colocando em risco a saúde pública.
O que está sendo divulgado?
O
vídeo, publicado no Instagram, já acumula milhares de visualizações e
curtidas, promovendo um livro que afirma, sem embasamento científico,
que a vacina da Pfizer não é segura nem eficaz. O material alega que a
farmacêutica e órgãos reguladores tinham conhecimento de supostos riscos
da vacina e que o grupo placebo dos ensaios clínicos foi eliminado de
maneira irregular. Também há declarações alarmistas sobre eventos
adversos, como miocardite e infertilidade, sem respaldo em estudos
sérios.
Leia aqui na íntegra:
Fake news sobre vacinas: entenda os perigos da desinformação