A agricultura alagoana segue em expansão
e, em 2024, atingiu um marco histórico: R$ 4,18 bilhões em valor de
produção, segundo dados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) do IBGE
divulgada no último dia 11 de setembro.
Esse foi o maior volume
registrado da série na história. O novo recorde foi resultado de um
crescimento em relação a 2023 de 5,3%, consolidando o sexto ano
consecutivo de avanço no setor em Alagoas, num momento em o Brasil
enfrentou retração.
A cana-de-açúcar continua sendo o carro-chefe
da produção agrícola alagoana, com valor de produção de R$ 2,5 bilhões,
mais da metade do valor total, considerando lavouras temporárias e
permanentes. Mesmo com a redução da produção agrícola, o valor cresceu
em função de um maior rendimento industrial e da melhora dos preços do
açúcar no mercado nacional e internacional.
Na comparação com 2023, quando o valor
da produção da cana-de-açúcar em Alagoas foi de R$ 2,25 bilhões, o
crescimento foi de 12,1%. No entanto, importante destacar que a
metologia do IBGE é de ano corrido, analisando o faturamento e produção
entre janeiro e dezembro, enquanto o setor utiliza como parâmetro o ano
safra (normalmente de agosto a março) e por isso os dados podem
diferenciar de um para ou outro.
A mandioca se mantém como a
segunda cultura mais relevante em Alagoas, com mais de R$ 400 milhões em
faturamento. Em terceiro lugar, para surpresa de muito, o abacaxi, com
R$ 130 milhões de valor de produção para uma área de 2,6 mil hectares,
enquanto a e a batata-doce surpreende com um faturamento superior a R$
84 milhões, ultrapassando lavouras tradicionais como o feijão e o milho.
Enquanto as lavouras temporárias somaram
R$ 3,5 bilhões, as lavouras permanentes somaram R$ 674,9 milhões em
2024. A banana lidera com folga, seguida pelo coco-da-baía e pelo
abacaxi, que juntos representam a força da fruticultura alagoana.
No
caso das temporárias, uma das maiores frustrações em 2024, de acordo
com dados do IBGE, foi o milho em Alagoas, que recou 27,9% no valor da
produção, caindo de R$ 97,7 milhões para R$ 70,4 milhões.
Outro
destaque, apesar de um pequeno recuo, é a soja, que segue avançando em
Alagoas. Em 2024, o valor da produção chegou a R$ 35,1 milhões, em queda
de 11% na comparação com o ano ano anterior (R$ 39,8 milhões).
Vejas as tabelas
