Operação Blasfêmia investiga 23 pessoas por estelionato religioso Autoridades informaram que uma das vítimas fez mais de 80 doações após promessa de cura de câncer Redação CPAD NewsDe Redação CPAD News25 de setembro de 20252 minutos lidos

                                                        Foto: reprodução/ redes sociais 

 

Nesta quarta-feira (24), a Polícia Civil do RJ o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram a Operação Blasfêmia, para combater um esquema de estelionato religioso com atuação em todo o Brasil.

A equipe de investigação apontou Luiz Henrique dos Santos Ferreira, que se apresenta como pastor Henrique Santini ou profeta Santini, como chefe do grupo. Os criminosos cobravam até R$ 1.500 por “promessas de cura” e “milagres”, e chegaram a movimentar cerca de R$ 3 milhões em dois anos.

O “pastor” e outras 22 pessoas se tornaram rés pelos crimes de estelionato, charlatanismo, curandeirismo, associação criminosa, falsa identidade, crime contra a economia popular, corrupção de menores e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar a 29 anos de prisão.

Santini publicava vídeos de mensagens religiosas em suas redes sociais, que possui 9 milhões de seguidores, induzido fiés a fazerem pagamentos.

“Você vai fazer um sacrifício no altar de R$ 24, representando as 24 horas que vou ficar no Monte. Você vai me pedir a chave PIX, esse dinheiro será para a gasolina do Monte, para eu conseguir estar lá”, diz o acusado em um dos vídeos.

“Essa organização criminosa em nada tem a ver com um culto religioso. A intenção era arrecadar dinheiro e enganar os fiéis”, afirmou o delegado Luiz Henrique Marques, da 76ª DP (Centro de Niterói).

Autoridades informaram ao G1, que uma das seguidoras de Santini fez mais de 80 doações após receber a promessa de ter seu pai curado de um câncer.

“Foi prometida a ela a cura do câncer, e ela fez diversos pagamentos, alegando que estava recebendo a bênção do religioso”, afirmou o delegado Marques.

De acordo com a investigação, foram identificadas vítimas que, mesmo na pobreza, prometiam doações ao “profeta”.

Durante a operação realizada nesta quarta (24), as autoridades cumpriram três mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Santini.

Ele foi localizado em sua casa, em um condomínio de luxo na Barra Olímpica, na Zona Sudoeste do Rio, onde foi apreendido R$ 32 mil em espécie, moedas estrangeiras em dólar e euro, sete celulares, cartões de bancos em nome de outras pessoas, um simulacro de pistola e o passaporte de Santini.

A Justiça também determinou que o “profeta” faça uso de tornozeleira eletrônica e bloqueou contas bancárias e bens.

 

Redação CPAD News/ Com informações G1

                                            
 

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