O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
encaminhou nesta terça-feira (23) ao presidente da Câmara dos Deputados,
Hugo Motta (Republicanos-PB), uma cópia da denúncia apresentada pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Eduardo
Bolsonaro (PL-SP).
A medida atende a um pedido do
procurador-geral da República, Paulo Gonet, que defendeu a comunicação
formal à Câmara para que a Casa possa avaliar eventuais medidas
disciplinares em relação ao parlamentar.
Na segunda-feira (22),
Gonet denunciou Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo pelo
crime de coação no curso do processo. Segundo a PGR, os dois teriam
incentivado a adoção de sanções por parte dos Estados Unidos contra
autoridades brasileiras e ministros do STF.
Na mesma decisão,
Moraes autorizou que as defesas de Eduardo e Figueiredo tenham acesso às
investigações sobre o chamado “tarifaço”. Ambos residem atualmente nos
Estados Unidos.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Hugo Motta, já
havia negado a indicação de Eduardo Bolsonaro para assumir a liderança
da minoria na Casa, sob a justificativa de que o parlamentar não pode
exercer a função estando no exterior.
Outro lado
Em nota
conjunta, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo rejeitaram as acusações,
classificando a denúncia da PGR como “fajuta”. Eles afirmaram que
continuarão atuando com parceiros internacionais e defenderam uma
“anistia ampla, geral e irrestrita” como saída para a crise política.
Eduardo Bolsonaro - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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