O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, criticou a decisão que levou à
prisão preventiva de Jair Bolsonaro. Em publicação nas redes sociais,
Lira afirmou que a medida “não se justifica” e “reabre as feridas da
polarização política”, horas após o ex-presidente ser detido por ordem
do ministro Alexandre de Moraes, atendendo a pedido da Polícia Federal.
A
defesa de Bolsonaro disse ao Radar que foi informada da decisão, mas
ainda desconhece seus fundamentos. Integrantes da PF afirmaram que a
prisão foi decretada para garantir a ordem pública, diante da convocação
de uma vigília religiosa marcada para este sábado, vista como
potencialmente arriscada pela possibilidade de aglomeração e incidentes.
Bolsonaro
foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal, onde permanece em
uma sala de Estado, espaço reservado a autoridades com prerrogativa de
foro. A PF confirmou, em nota, o cumprimento do mandado de prisão
preventiva autorizado pelo Supremo Tribunal Federal.
A convocação
da vigília foi feita pelo senador Flávio Bolsonaro, que divulgou vídeo
chamando apoiadores para “um encontro de oração pela saúde de Bolsonaro e
pela liberdade no Brasil”. No discurso, o parlamentar afirmou que o
país vive “um cativeiro” e incentivou a mobilização dos seguidores.
Na
manifestação divulgada nesta manhã, Lira escreveu: “A prisão preventiva
do ex-presidente Jair Bolsonaro não se justifica e reabre as feridas da
polarização política que turva o futuro do Brasil. Nenhum país pode se
orgulhar de ter seus últimos presidentes presos.”
Arthur Lira - Foto: Agência Câmara
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