Documentos vazados do Facebook mostraram, em um relatório de pesquisa interna, que a plataforma oferecia um serviço que incentivava a violência a seus usuários na Índia, e a empresa era ciente do fato. Executivos não aprovaram a ideia de iniciativas para bloquear o discurso de ódio disseminado por grupos hindus contra cristãos ex-mulçumanos com o receio de danos aos negócios do no país.
O Facebook Índia reconheceu, em dezembro, o medo da falta de segurança da sua equipe caso seus funcionários resolvessem banir a organização radical hindu Bajrang Dal. O grupo é conhecido por disseminar a desinformação sobre as minorias religiosas na rede social.
Segundo o relatório Destructive Lies, da London School of Economics em parceria com a Portas Abertas, a desinformação contra as minorias religiosas na Índia prospera “de forma descontrolada”, fazendo com que experimentem “ameaça existencial iminente”.
Nos últimos meses, aconteceram protestos em grande escala contra os cristãos e supostas conversões forçadas em Chhattisgarh e Madhya Pradesh. Durante uma manifestação em massa no estado central de Chhattisgarh, um professor religioso hindu pediu a decapitação de cristãos ex-hindus.
A Índia ocupa o 10º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2021.
Com informações: Portas Abertas (29.11.21)