Apesar de ter 10 anos de idade, Adel*, um menino egípcio, aparenta ter mais idade. O menino trabalha em uma oficina de coleta de lixo, por isso ele chegou com a roupa suja no ministério infantil aonde atua. O garoto tem muito com o que lidar em sua jovem vida: crescer em uma profunda pobreza e ter um pai viciado em álcool que o forçou a trabalhar desde muito cedo. Se não levasse dinheiro suficiente para casa no fim do dia, o pai lhe batia.
O menino nunca tinha ido a uma escola dominical ou aprendido muito sobre Deus em casa. “A oração do Pai Nosso era tudo que eu sabia”, compartilhou. Sua primeira vez em uma igreja foi para ganhar um presente de Natal, porém nunca se aprofundou no evangelho.
No trabalho, Adel era humilhado pelo chefe e pelos colegas de trabalho. Ele recebia menos que os demais trabalhadores muçulmanos e os colegas tiravam sarro dele, chamando-o de louco por ser cristão. Adel procurava uma forma de fugir de sua infelicidade. Ele sentiu uma ponta de esperança quando ouviu sobre as aulas do ministério infantil e descobriu que eram em sua folga.
Foi depois de uma das aulas do ministério infantil que Marta* reparou pela primeira vez em Adel. “Ele estava sentado sozinho no corredor, enquanto as outras crianças brincavam em volta dele. Quando olhei em seus olhos pela primeira vez, vi uma pessoa perdida. Ele me contou sobre sua vida e doeu ouvir o que me contou”, ela disse.
Durante as aulas e conversas com Marta, Adel aprendeu que foi criado de forma única e que era conhecido por Deus antes mesmo do seu nascimento. Foi quando construiu um relacionamento com seu salvador. Além de construir um relacionamento com Cristo, o menino também aprendeu como defender sua fé dos principais mal-entendidos. Ele até mesmo ousou conversar com os colegas de trabalho.
*Nomes alterados por segurança.
Com informações: Portas Abertas (23.12.21)