O abandono de pacientes com glaucoma por parte do Governo
de Alagoas, levou o deputado Davi Filho (Progressistas) a participar de
uma reunião para unir forças contra a forma utilizada pelo atual
sistema de distribuição de medicamentos do Estado.
O encontro
contou com a presença do deputado Davi Davino Filho, da senhora Rosa
Davino, presidente da Funbrasil, do senador Rodrigo Cunha (União Brasil)
e da doutora Eudócia Caldas. Eles se encontraram com o doutor Allan
Teixeira Barbosa, diretor do Instituto de Olhos de Maceió (IOM), e
discutiram um atendimento mais humanizado aos pacientes com glaucoma.
Antes,
quem era diagnosticado com o glaucoma recebia nas clínicas a medicação,
quatro colírios para impedir o desenvolvimento da doença nos olhos,
evitando assim a cegueira. Hoje em dia, a Farmácia de Medicamentos
Excepcionais (Farmex) é quem distribui os medicamentos.
O
sistema na Farmex funciona assim: os pacientes vão em busca dos colírios
que podem impedir o desenvolvimento do glaucoma, de três em três meses.
Só que quando chegam à farmácia, recebem apenas um colírio, o mais
barato do mercado. As pessoas que não têm condições de comprar os
medicamentos ficam sem fazer o tratamento adequado, alguns desenvolvendo
a doença com mais força e ficando cegos.
Bertolina dos Santos
tem glaucoma. Ela se sente humilhada pelo tratamento que o estado
oferece. “A gente saia de casa as três horas da manhã pra ficar até as
sete e meia, oito horas,pra pegar a ficha pra poder ter acesso e entrar.
E as vezes passava mal por conta da hora que era muito cedo. Eu sofro
de pressão alta, diabetes e coração. Todas as vezes que ia pra lá (na
Farmex) era destratada. E sempre falavam que esse colírio (o recomendado
pelo médico) não tinha”.
É Exatamente esta situação que Davi
Filho quer evitar e ele garantiu que vai lutar para que a entrega da
medicação volte a ser feita nas clínicas. “Sempre foi o meu foco, ajudar
as pessoas. Estamos abandonando o lado humano em benefício da
burocracia. E vou sempre trabalhar para que todos, independente da sua
classe social, raça ou credo, tenha um atendimento humanizado”,
assegurou o parlamentar.