O Ministério Público do Trabalho (MPT) solicitou ao
Movimento de Apoio às Vítimas da Mineração (MAM), durante reunião
realizada no dia 22 deste mês, a relação de trabalhadores que teriam
sido dispensados em razão da suspensão das atividades na área afetada
pelo afundamento do solo, em Maceió. Os representantes do movimento
receberam relatos de que trabalhadores de empresas contratadas pela
Braskem estariam sendo demitidos.
O relatório com os nomes das
empresas e dos trabalhadores será encaminhado ao Grupo de Atuação
Especial Trabalhista (GAET) criado pelo MPT para tratar do caso Braskem.
De acordo com o procurador do MPT Rodrigo Alencar, um dos integrantes
do GAET, as informações serão importantes para buscar as medidas
necessárias para evitar prejuízos a trabalhadores diretos da
Petroquímica ou contratados através de empresas terceirizadas.
O
procurador Rodrigo Alencar e os integrantes do Movimento de Apoio às
Vítimas da Mineração (MAM) também discutiram a preocupação com impactos
causados a pescadores e marisqueiras que dependem da Lagoa Mundaú para
sobreviver. No próximo mês de janeiro, o MAM apresentará um relatório
dos impactos do caso Braskem para os pescadores e as marisqueiras.
Todas
as informações reunidas pelo Ministério Público do Trabalho fazem parte
de inquérito civil instaurado para garantir condições mínimas de saúde e
segurança a trabalhadores da Braskem que laboram na região afetada pelo
afundamento do solo. Uma das medidas adotadas pelo MPT foi solicitar à
Braskem o Programa de Gerenciamento de Riscos das atividades
desenvolvidas e os Planos de Emergência de Evacuação das respectivas
áreas.