Vereadora Teca Nelma - Foto: Assessoria
Os trabalhos na Câmara Municipal de Maceió tiveram retorno oficialmente
nesta terça-feira (6) com a primeira sessão ordinária do ano. Em seu
pronunciamento, a vereadora Teca Nelma relembrou o crime da petroquímica
Braskem que culminou no afundamento e desapropriação de cinco bairros
em Maceió. Em março de 2024 o desastre completa 6 anos e permanece em
curso.
“Desde o início desse crime muito foi falado, proposto e
supostamente realizado. Mas a reparação tão prometida não chegou na
conta das vítimas”, relembrou Teca. “Hoje as comunidades afetadas ainda
lutam pelo mínimo. Mais bairros e famílias vêm sendo atingidas
diretamente. Toda cidade sofre os impactos da irresponsabilidade de uma
empresa que ainda se recusa em incluir as novas áreas afetadas no seu
tão mínimo plano de compensação financeira”, criticou a vereadora.
Durante
seu discurso, Teca destacou a situação dos moradores dos Flexais, que
vivem hoje um processo de ilhamento social, e pontuou o caso das
comunidades Vila Saem, Bom Parto, Farol e da rua Marquês de Abrantes que
fazem parte da área de risco e buscam inclusão nos programas de
indenização da Braskem. A parlamentar questionou também a falta de
recursos no fundo de amparo ao morador.
Teca fez um apelo à
Câmara pela instauração da Comissão de Inquérito para investigar os
crimes cometidos pela Braskem em Maceió. Teca é autora do requerimento
da CEI, que conta com o apoio de 7 vereadores e aguarda mais 2
assinaturas para ser instaurada.
“Eu acredito que nenhum vereador
aqui pode aceitar que esta Casa não discuta a perda de 20% do
território da nossa cidade. Não podemos nos omitir diante do sofrimento
do nosso povo. Eu quero reafirmar a necessidade de uma CEI que
investigue todos os impactos desse crime e que possa rever a forma como a
Braskem deve indenizar Maceió”, concluiu Teca.