Cooperativismo - Foto: Reprodução
O Ministério Público de Alagoas surpreendeu, na semana passada, com a
realização da Operação Maligno, que desmantelou um esquema de desvio de
recursos públicos através de falsas cooperativas.
Na última
sexta-feira (17), o balanço da operação: cinco cooperativas estavam
envolvidas em uma organização criminosa especializada em fraudes na
administração pública, desviando mais de R$ 243 milhões.
A
operação, realizada no dia 16 de maio, em Alagoas e Pernambuco, revelou
que essas falsas cooperativas ofereciam serviços ligados à administração
pública, como coleta de resíduos sólidos, limpeza de vias públicas e
contratação de profissionais, tudo parte de um esquema de enriquecimento
ilícito.
É importante destacar que tanto a imprensa quanto o
Ministério Público frisaram que se tratavam de falsas cooperativas. O
cooperativismo, um modelo de produção sustentável e democrático, não
pode ser confundido com essas organizações criminosas que utilizam o
nome de cooperativas para aplicar golpes.
Parte do dinheiro
desviado retornava para prefeitos ou gestores municipais, enquanto o
restante sustentava o luxo dos líderes da organização criminosa.
Isso
não ocorre nas verdadeiras cooperativas, que seguem os sete princípios
do cooperativismo: adesão livre e voluntária, gestão democrática pelos
associados, participação econômica dos associados, autonomia e
independência, educação, formação e informação, intercooperação e
compromisso com a comunidade.
A operação do Ministério Público
mostrou que trabalhadores dessas falsas cooperativas eram manipulados, e
que essas cooperativas foram montadas exclusivamente para aplicar
golpes. Infelizmente, isso não ocorre apenas no cooperativismo, mas
também na política e entre alguns empresários que preferem o crime à
atividade correta.
O cooperativismo continua sendo uma grande
solução para uma produção mais justa e sustentável. Essa operação
demonstrou que os envolvidos são falsos cooperativistas.
Veja a opinião no vídeo: